Carrefour (CRFB3): Vendas sobem 2,5% no 1º tri, para R$ 27,8 bi
Resultado foi impulsionado pela alta da inflação e bom desempenho das lojas do Atacadão.
🚨 O Carrefour (CRFB3) anunciou que deixará de vender carne proveniente do Mercosul, bloco econômico que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A decisão, comunicada pelo CEO Alexandre Bompard, ocorre em meio a protestos de agricultores franceses contrários ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.
A medida gerou forte reação do ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, que classificou a atitude como "uma ação orquestrada" de empresas francesas contra o Brasil.
Em uma carta aberta, Bompard argumentou que o acordo com o Mercosul pode levar ao aumento da importação de carne que não atende aos padrões franceses.
A carta, endereçada ao presidente da FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas), enfatiza o apoio aos agricultores franceses, que recentemente realizaram manifestações com bloqueios e queimadas em rodovias.
Bompard também pediu que outras empresas do setor alimentício sigam o exemplo do Carrefour, especialmente no segmento de catering, responsável por mais de 30% do consumo de carne na França.
Apesar da repercussão, o Grupo Carrefour Brasil afirmou que a decisão não afeta suas operações no país.
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A posição do Carrefour foi recebida com indignação pelo ministro Carlos Fávaro, que afirmou que a decisão parece ser parte de uma estratégia francesa para inviabilizar o acordo Mercosul-UE.
Ele criticou a alegação de que a produção brasileira não atende a critérios sustentáveis, ressaltando que o Brasil é referência mundial em práticas agrícolas responsáveis.
Fávaro também mencionou o caso recente da Danone, que suspendeu a compra de soja brasileira em favor de fornecedores asiáticos, em conformidade com a nova lei antidesmatamento da UE.
Para o ministro, esses movimentos reforçam uma postura protecionista disfarçada de preocupação ambiental.
📈 A França tem se posicionado como um dos maiores críticos do acordo comercial, que aguarda aprovação final.
O ministro Fávaro acredita que essas ações visam justificar a resistência francesa ao pacto, evitando o impacto político de uma oposição direta.
Enquanto o Carrefour busca destacar seu compromisso com padrões locais, o Brasil vê a decisão como uma afronta à sua soberania e sustentabilidade.
O embate ilustra a crescente tensão nas negociações entre o Mercosul e a UE, trazendo à tona debates sobre comércio, sustentabilidade e geopolítica.
Resultado foi impulsionado pela alta da inflação e bom desempenho das lojas do Atacadão.
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