Gripe aviária, câmbio e arroz em queda: o que esperar do agronegócio no 2T25
Segundo o banco, o cenário é de desaceleração nos lucros e margens pressionadas, em um período que inspira mais cautela por parte dos investidores.
A Camil Alimentos (CAML3) reportou lucro líquido de R$ 66 milhões no primeiro trimestre do ano (1T25), compreendido pela empresa entre março e maio de 2025, queda de 15,9% em relação ao saldo de R$ 78,5 milhões obtido um ano antes.
O relatório de resultados apresentado nesta terça-feira (15) também informa que o volume consolidado de produtos alimentícios da empresa foi de 522,7 mil toneladas no 1T25, recuo de 2,9% ante igual período de 2024.
Segundo a Camil Alimentos, a baixa foi impulsionada pela categoria alto giro, composta por arroz, feijão e arroz, cujo volume encolheu 13,6% entre as bases de comparação. Já na categoria alto valor, a empresa teve queda de 3,7%, encabeçada por massas e café.
"Mesmo diante de um ambiente desafiador, com pressão nos preços na categoria de alto giro no Brasil, a companhia manteve sua rentabilidade, apoiada por um sólido desempenho nas operações internacionais. O trimestre foi marcado pela redução dos preços de mercado do arroz", destaca a mensagem da administração no relatório de resultados.
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Em termos de receita líquida, a Camil Alimentos angariou R$ 2,68 bilhões no 1T25, cerca de 7,3% inferior ao montante de R$ 2,89 bilhões no início do ano anterior.
Até mesmo o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 233,1 milhões no trimestre, queda de 3,2% na base anual, com margem de 8,7%.
Por outro lado, a Camil Alimentos investiu bastante em 2025, com o capex de R$ 119,9 milhões, incremento de 90,6% na comparação anual, continuando os aportes na nova planta de grãos, localizada em Cambaí, no Rio Grande do Sul, e na nova termoelétrica.
Segundo o banco, o cenário é de desaceleração nos lucros e margens pressionadas, em um período que inspira mais cautela por parte dos investidores.
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