Câmbio com criptomoedas é alternativa para quem quer fugir da alta do IOF; veja opções

Diferença entre uso no exterior pode chegar a 5%, dependendo da modalidade de pagamento

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Publicado em 04/06/2025 às 15:10h - Atualizado 20 horas atrás Publicado em 04/06/2025 às 15:10h Atualizado 20 horas atrás por Wesley Santana
Cartões vinculados a exchanges de criptomoedas são uma das opções disponíveis (Imagem: Divulgação/Ripio)

Nas últimas semanas, quem precisou comprar moeda estrangeira se deparou com impostos mais altos. Isso aconteceu depois que o governo federal elevou para 3,5% o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que incide sobre câmbios. 

💵 A compra de dólares, por exemplo, pode chegar a 5% mais, dependendo do spread bancário cobrado por cada instituição. Houve até banco que tirou sua comissão para tentar atrair novos clientes e entregar taxas mais atrativas. 

A verdade é que, para além das instituições tradicionais, já há opções no mercado que são isentas ou pagam um IOF muito menor para essas transações. Diversas fintechs oferecem aos brasileiros o câmbio por meio de criptomoedas, ativo esse que ainda não está no rol de taxação do governo federal. 

Uma das empresas que oferecem essa funcionalidade é a exchange Ripio, que disponibiliza um cartão internacional baseado em Bitcoin (BTC) ou Ethereum (ETH). Desta forma, o usuário carrega com reais , faz a conversão para a cripto escolhida e, na hora de usar no exterior, o próprio aplicativo faz a conversão para a moeda local. 

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Outra opção é disponibilizada pelo Foxbit, com versões de débito e crédito para os clientes brasileiros. Neste caso, a gama de criptomoedas é ainda maior, tendo a possibilidade de usar também o Tether (USDT), stablecoin atrelada ao dólar, que não conta com fortes oscilações diárias.

Esses e outros cartões disponíveis no mercado funcionam dentro dos limites da legislação brasileiro, estando, inclusive, respaldados por grandes empresas globais. As duas principais emissoras de cartões, Visa e Mastercard, são fornecedoras dos serviços para as exchanges de criptomoedas.

Mora fora? Há mais uma opção

Para os brasileiros que têm residência no exterior, há outra opção com ainda menor volatilidade. Algumas corretoras oferecem a funcionalidade de câmbio dentro de suas próprias plataformas. 

Por exemplo, um investidor que quer mandar seu dinheiro de uma conta no Brasil direto para a Colômbia, pode usar o serviço da Bitso. A corretora tem operações nos dois países e usa o dólar digital (USDC) para intermediar as operações entre divisas. 

Um levantamento feito pela reportagem do Investidor 10 mostrou que o envio de R$ 100 para a Colômbia gera um saldo de 71.700 pesos em uma conta do país vizinho. Por outro lado, usando as agências de câmbio, a mesma conversão resulta em 68.950 pesos colombianos, uma diferença de 4%.

O diferencial deste modelo é que o dinheiro pode ser enviado praticamente via transferência de um lado a outro. No entanto, para utilizar essa função, o investidor precisa ter contas bancárias ativas nos dois países.

É importante destacar que os valores usados nesta reportagem são exemplos que podem mudar a qualquer momento. Como trata-se de diferentes moedas correntes, pode ocorrer valorização ou depreciação de uma frente a outra dependendo do contexto geopolítico. 

Quais são os cartões de criptomoedas disponíveis no Brasil

💳 Ao menos cinco empresas oferecem cartões de crédito ou débito vinculados a criptomoedas no Brasil. Os serviços possuem algumas características similares, mas são indicados para público-alvos diferentes e oferecem benefícios adicionais como forma de atrair consumidores. 

Veja a seguir quais são os cartões e quais são suas principais características:

  • Cartão Bipa: anuidade gratuita (plano básico), cashback de até 1% e bandeira Mastercard;
  • Crypto.com: anuidade gratuita (plano básico), cashback de até 8% e bandeira Visa;
  • Foxbit Card: anuidade gratuita, cashback de até 1% e bandeira Mastercard;
  • Bitybank: anuidade gratuita, cashback de até 10% e bandeira Mastercard;
  • Ripio Card: anuidade gratuita, cashback de até R$ 500 por mês e bandeira Mastercard;
  • Coinbase Card: anuidade gratuita, cashback de até 1% e bandeira Visa.