Braskem (BRKM5): CPI aprova quebra de sigilo bancário do diretor da ANM

A CPI da Braskem foi instaurada para investigar os danos ambientais causados em Maceió (AL) pelas operações da petroquímica.

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Publicado em 13/03/2024 às 16:08h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 13/03/2024 às 16:08h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues

📈 A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Braskem (BRKM5) aprovou uma série de requerimentos nesta quarta-feira (13), incluindo quebras de sigilo, acareações, convocações, convites e pedidos de informação.

Os senadores decidiram pela quebra do sigilo bancário do atual diretor-geral da ANM (Agência Nacional de Mineração), Mauro Henrique Moreira Sousa, no período de 2022 a 2024.

Segundo o relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), Sousa tem agido de forma a dificultar os trabalhos da comissão ao repassar informações incompletas ou dificultar o acesso a elas.

Além disso, o colegiado aprovou a quebra de sigilo, de 2010 a 2024, de José Antônio Alves dos Santos, superintendente da ANM, e de Walter Lins Arcoverde, ex-diretor de fiscalização do extinto DNPM (Departamento Nacional de Pesquisa Mineral), antecessor da ANM antes de sua criação em 2017.

💼 Victor Hugo Froner Bicca, ex-diretor-geral da ANM, também teve sua quebra de sigilo aprovada no período de 2011 a 2024.

O relator da CPI sugeriu que na gestão anterior da ANM podem ter ocorrido omissões ou retirada potencialmente criminosa de documentos relacionados ao caso da Braskem.

A CPI da Braskem foi instaurada para investigar os danos ambientais causados em Maceió (AL) pelas operações da petroquímica na extração de sal-gema.

Em 2018, um projeto de extração de sal liderado pela Braskem resultou no colapso do solo na capital de Alagoas, levando cerca de 40 mil pessoas a deixarem suas casas.

Mais de 14 mil imóveis foram condenados em cinco bairros da cidade, com o afundamento do solo causando rachaduras em ruas, prédios e casas.