B3 (B3SA3) planeja reduzir liquidação de ações para D+1 a partir de 2028
A mudança, se confirmada, colocará o mercado brasileiro em linha com os principais centros financeiros do mundo.
O Brasil prepara-se para um marco em sua infraestrutura e mobilidade ao garantir a sua primeira travessia submersa, com extensão de 1,5 quilômetro, com a conclusão do leilão do túnel Santos-Guarujá nesta sexta-feira (5). Com a obra finalizada, o tempo gasto na travessia não passará de cinco minutos.
Isso porque o grupo português Mota-Engil, que tem participação da empresa chinesa China Communications Construction Company (CCCC), venceu o leilão para a construção do túnel que conectará duas importantes cidades no litoral paulista.
O leilão foi realizado durante a tarde de hoje na B3 (B3SA3), sede da Bolsa de Valores de São Paulo, e contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Márcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, além de deputados, secretários estaduais e outras autoridades.
O grupo Mota-Engil ofereceu 0,50% de desconto, batendo a proposta feita pelo outro grupo estrangeiro, a espanhola Acciona, que ofereceu zero por cento de desconto sobre o valor da contraprestação pública.
Com investimento estimado em R$ 6,8 bilhões, o projeto terá aporte público de até R$ 5,14 bilhões, divididos igualmente entre o governo de São Paulo e o governo federal. O restante será coberto pela iniciativa privada. A concessionária vencedora do leilão ficará responsável pela construção, operação e manutenção do túnel por um período de 30 anos.
Leia mais: De olho em 2026, Lula lança “Gás do Povo” em Minas para 15 milhões de famílias
Apesar de contar com uma extensão de 1,5 quilômetro, serão apenas 870 metros imersos no futuro túnel Santos-Guarujá, com módulos de concreto pré-moldados instalados no leito do canal portuário.
O projeto inclui três faixas de rolamento em cada sentido, uma delas adaptada para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de ciclovia e espaço para pedestres e galeria de serviços.
Atualmente, há dois principais modos de travessia entre as duas cidades: o trajeto de 43 km via Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), utilizado por veículos comerciais, com tempo médio de 60 minutos; e o sistema de balsas e barcas, usado por pedestres, ciclistas e veículos leves, com tempos de travessia que variam de 18 a 60 minutos, dependendo das condições operacionais do porto.
Segundo o governo paulista, as travessias por embarcações transportam diariamente mais de 21 mil veículos, 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres.
A mudança, se confirmada, colocará o mercado brasileiro em linha com os principais centros financeiros do mundo.
Segundo o levantamento, em agosto os estrangeiros compraram R$ 274,8 bilhões em ações e venderam R$ 273,65 bilhões.