O Brasil confirmou nesta sexta-feira (15) o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial do país. Com isso, deve sofrer uma queda das exportações de carne de frango nas próximas semanas.
⚠️ De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura e da Pecuária), o foco de gripe aviária foi identificado em uma granja do município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
As medidas de contenção e erradicação do foco, previstas no plano nacional de contingência, já foram colocadas em execução pelo governo.
Dessa forma, houve o isolamento da área afetada e a eliminação das aves restantes, para que seja iniciado o protocolo de saneamento da granja.
A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul ainda fará uma investigação complementar em um raio inicial de 10 quilômetros da área de ocorrência do foco e em possíveis vínculos com outras propriedades.
O objetivo, segundo o Mapa, é "não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população".
🍳 De acordo com o governo, a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos.
"A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo", disse o Mapa.
O ministério disse ainda que "o risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)"
📉 O problema, no entanto, deve afetar as exportações do Brasil, um dos maiores produtores de carnes de aves do mundo.
A China, por exemplo, já decidiu suspender a compra do frango brasileiro nos próximos 60 dias, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
O Mapa está transmitindo informações sobre o caso aos parceiros comerciais do Brasil, assim como aos entes das cadeias produtivas envolvidas, à Organização Mundial de Saúde Animal e aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente.
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A BRF (BRFS3), por sua vez, não projeta grandes impactos para os seus negócios.
O CEO da BRF, Miguel Gularte, foi questionado sobre o assunto em conferência com analistas nesta sexta-feira (16) e disse que a empresa "tem condições de trafegar em um momento como esse de maneira bastante isenta".
Ele classificou o caso como "isolado" e afirmou que a companhia tem planos de contingência para situações como essa, que já se mostraram efetivos em situações anteriores, como no ano passado, quando um foco da doença de Newcastle também foi identificado no Rio Grande do Sul.
Gularte disse ainda que a diversidade geográfica das operações da BRF pode ajudar a minimizar os impactos do caso.
"Temos estoques de produtos em diferentes geografias e isso nos permite não incorrer no erro de deixar clientes de determinados locais sem produto", afirmou.
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