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📊 Na última atualização do Boletim Focus, divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (28), economistas revisaram para cima as expectativas para a inflação, PIB e câmbio para 2024, gerando grande repercussão no mercado financeiro.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 4,55%, quarta alta consecutiva, enquanto a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada para 3,08%, sinalizando um movimento de recuperação mais acelerado do que o esperado.
A inflação projetada para 2024 mantém sua trajetória de alta, com previsões para o IPCA subindo de 4,50% para 4,55%.
Esse movimento ocorre em um cenário de pressão contínua sobre preços administrados, que passaram de 5,06% para 5,08%.
No campo dos índices gerais, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) também apresentou elevação nas projeções, saltando de 4,39% para 4,57%, refletindo aumentos em setores amplos da economia.
Com o PIB previsto em 3,08% para o próximo ano, o mercado financeiro vê um potencial de crescimento mais robusto, embora a cautela prevaleça, especialmente com uma Selic mantida em 11,75% para 2024.
Para os próximos anos, o Banco Central projeta uma trajetória gradual de desaceleração dos juros, permanecendo em 9% para 2027.
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O cenário para o câmbio segue em ajuste, com o dólar projetado a R$ 5,45 no fim de 2024.
A valorização esperada da moeda norte-americana reflete incertezas econômicas e políticas, que influenciam o fluxo de capital.
Na balança comercial, a projeção para o saldo de 2024 foi levemente revisada para US$ 77,95 bilhões, enquanto os números para 2025 subiram para US$ 76,80 bilhões, evidenciando um cenário de superávit.
📈 No campo fiscal, a projeção para a dívida líquida em 2024 foi mantida em 63,5% do PIB, mas há um alerta para o resultado primário, que segue negativo em -0,60% do PIB.
A continuidade de déficits fiscais e o crescimento da dívida pública geram questionamentos sobre a sustentabilidade das finanças nacionais, com pressões sobre a necessidade de ajustes para controlar os indicadores.
As revisões do Relatório Focus indicam um cenário misto: embora a economia mostre sinais de recuperação, a persistência da inflação e a manutenção de déficits fiscais impõem desafios.
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