Bitcoin (BTC) recobra os US$ 121 mil. Seria o "Uptober" agindo?
Quem é entusiasta de criptomoedas já ensaiava pela chegada de outubro, o melhor mês para as moedas virtuais.
🚨 O Bitcoin (BTC) voltou a operar próximo de sua máxima histórica nesta sexta-feira (3), em meio ao rali global de ativos de risco e à expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos.
A maior criptomoeda do mercado avançou 2%, atingindo US$ 123.261, muito perto do recorde de US$ 124.514, registrado em 14 de agosto.
O movimento é sustentado tanto por fatores macroeconômicos quanto por mudanças estruturais no mercado cripto.
A paralisação parcial do governo norte-americano (shutdown) ampliou a busca de investidores por ativos considerados reserva de valor, enquanto os ETFs de Bitcoin seguem registrando forte entrada de capital.
No acumulado de 2025, o BTC já soma valorização superior a 30%, elevando seu valor de mercado para aproximadamente US$ 2,45 trilhões.
A segunda maior criptomoeda, o Ethereum (ETH), também opera perto de sua máxima, cotado a US$ 4.545, com capitalização em torno de US$ 545 bilhões.
Segundo analistas, a força do Bitcoin decorre de um duplo impulso, o maior apetite por risco em ativos globais e a procura por alternativas de proteção em um cenário de incerteza política e fiscal nos EUA.
“Se o Bitcoin é o principal candidato a ser uma reserva de valor e o ouro — que hoje é a principal reserva de valor no mundo — está em máxima histórica, o Bitcoin deveria, em tese, seguir essa tendência”, afirmou Lucca Freite, CEO da UnblockPay.
Ele também lembrou do histórico sazonal favorável: outubro costuma ser um mês positivo para o ativo, conhecido no mercado como ‘Uptober’.
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Para Ana de Mattos, analista técnica parceira da Ripio, o rali recente tem fundamentos claros no gráfico de preços.
Depois de atingir a mínima de US$ 108.631 em 25 de setembro, o BTC iniciou uma escalada que levou à máxima de US$ 119.456, representando valorização de 9,96% em pouco mais de uma semana.
Segundo ela, o próximo nível de resistência está em US$ 124.474, enquanto os suportes mais relevantes se concentram em US$ 113.300 e US$ 108 mil.
O fechamento de setembro trouxe também sinais de mudança na dinâmica entre Bitcoin e altcoins.
O chamado índice Altcoin Season atingiu um recorde de 80%, refletindo a migração de fluxos para ativos como Solana (SOL), Binance Coin (BNB) e Ethereum (ETH). Nesse período, a dominância do BTC caiu para 56,7%, um dos níveis mais baixos do ano.
Ainda assim, o interesse institucional continua firme. Em setembro, os ETFs de Bitcoin registraram entradas líquidas de US$ 2,57 bilhões, sustentando a tese do BTC como principal reserva de valor digital.
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O cenário para outubro é considerado positivo por especialistas. “A fraqueza do dólar americano, o impulso de liquidez global de curto prazo e a inclinação do Fed em direção a cortes preventivos criam um ambiente favorável para o mercado cripto”, destacou Fabio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas.
📈 Ana de Mattos projeta que, caso o momento de alta seja mantido, o Bitcoin pode alcançar US$ 140 mil até o fim de 2025, especialmente se o fluxo para ETFs continuar aquecido e as incertezas econômicas nos EUA se prolongarem.
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