Banco Master não ameaça saúde do sistema financeiro, diz Galípolo

O presidente do BC não de detalhes da decisão que barrou a compra do Master pelo BRB.

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Publicado em 05/09/2025 às 14:08h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 05/09/2025 às 14:08h Atualizado 3 minutos atrás por Marina Barbosa
Galípolo disse que sistema financeiro tem liquidez abundante (Imagem: BC/Divulgação)

O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta sexta-feira (5) que o Banco Master não representa uma ameaça à saúde do sistema financeiro brasileiro.

🗣️ "Jamais. O sistema brasileiro é absolutamente hígido do ponto de vista de estabilidade. É um dos mais seguros, hígidos e solventes do mundo", afirmou Galípolo.

O BC barrou a compra do Banco Master pelo BRB (BSLI4) na última quarta-feira (3). Inicialmente, o BRB indicou que poderia recorrer da decisão. Contudo, parece já ter desistido da ideia, segundo "O Estadão".

Com isso, o mercado especula qual será o futuro do Master. Entre as alternativas apontadas, estão a venda de ativos para outros parceiros ou até uma intervenção do BC. A intervenção é citada devido à alavancagem da instituição.

💲 O Master ficou conhecido por emitir CDBs (Certificados de Depósito Bancário) com taxas bem superiores ao praticado no mercado, chegando até a 150% do CDI em algumas situações. Contudo, aplicou boa parte dos recursos obtidos com esses títulos em ativos de baixa liquidez, como precatórios e direitos creditórios.

A estratégia é considerada arriscada pelo mercado. Por isso, há dúvidas no mercado sobre a capacidade financeira da instituição.

Galípolo garantiu, por sua vez, que "não há qualquer tipo de ameaça ao sistema" e que o sistema tem reservas de liquidez "abundantes", caso seja necessário.

Leia também: O que acontece com o Banco Master após BC barrar acordo com BRB (BSLI4)?

Decisão técnica

🏦 O presidente do BC evitou dar detalhes do que motivou a decisão da autoridade monetária de negar a compra do Master pelo BRB.

Ele explicou que as informações das instituições são protegidas pelo sigilo bancário. Contudo, garantiu que a decisão do BC foi tomada de forma colegiada e técnica.

"Votos, aprovações ou não de fusões e aquisições são bastante cotidianos na rotina da diretoria do Banco Central, sempre apoiados pelos diretores que vão estar embasando tecnicamente", concluiu Galípolo.