Banco do Brasil (BBAS3): Veja o alerta dos analistas que pesa sobre as ações

Citi e Goldman Sachs cortaram a recomendação para os papeis do BB, de olho nos resultados de 2025.

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Publicado em 06/12/2024 às 14:56h - Atualizado 19 dias atrás Publicado em 06/12/2024 às 14:56h Atualizado 19 dias atrás por Marina Barbosa
Para analistas, lucro do BB vai crescer menos do que o de outros bancos em 2025 (Imagem; Shutterstock)

O Banco do Brasil (BBAS3) cai forte na bolsa nesta sexta-feira (6), depois de sair da lista de compra de dois bancões americanos.

📉 O Goldman Sachs e o Citi cortaram a recomendação para as ações do Banco do Brasil, de compra para neutra, devido a preocupações com o ritmo de crescimento dos resultados do banco no próximo ano.

Na avaliação do Citi, o cenário macroeconômico brasileiro é desafiador para o setor bancário. Afinal, os juros elevados e o alto endividamento das famílias brasileiras podem levar a uma desaceleração do mercado de crédito e a "taxas persistentes" de inadimplência.

O Goldman Sachs também citou a deterioração da qualidade dos ativos ligados ao agronegócio -setor que representa uma das principais frentes de atuação do Banco do Brasil, mas vem passando por dificuldades nos últimos meses.

💲 Diante desse cenário, os analistas acreditam que o lucro do Brasil do Brasil vai crescer em um ritmo menor do que os dos demais bancos privados brasileiros no próximo ano. Por isso, cortaram a recomendação e também o preço-alvo para as ações da instituição.

Tanto o Citi, quanto o Goldman Sachs agora trabalham com um preço-alvo de R$ 26 para as ações do Banco do Brasil. Isso implica um potencial de valorização de apenas 2% em relação ao fechamento de quinta-feira (5), quando o papel terminou o dia cotado a R$ 25,48.

Nesta sexta-feira (6), no entanto, as ações do Banco do Brasil caiam 3,81% e eram negociadas por R$ 24,51 às 14h22.

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Itaú BBA reforça cautela

⚠️ O Itaú BBA também mostrou cautela com a situação do Banco do Brasil em relatório publicado nesta sexta-feira (6).

Para os analistas, o alto custo de crédito pode pressionar os lucros e as despesas administrativas vão crescer acima da inflação. Além disso, o time lembra que a margem financeira líquida para clientes do BB já está em queda, em meio a um maior volume de renegociações.

O Itaú BBA acredita, então, que o lucro do Banco do Brasil crescerá apenas 4% em 2025, abaixo da média dos seus pares. Para o Bradesco (BBDC4), por exemplo, é o projetado um salto de 20% do lucro. Ainda assim, os analistas projetam um DY (Dividend Yield) de 11% para o BB, o que o tornaria um "bom carry".

O BTG Pactual também vê uma taxa de inadimplência e um ROE pressionados nos próximos trimestres. Contudo, acredita que a alta da Selic vai impulsionar a margem financeira do Banco do Brasil.

Por isso, o BTG vê espaço para uma expansão do lucro líquido em 2025 e manteve a recomendação de compra para as ações do BB, com um preço-alvo de R$ 34.