2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.
🚨 O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (05) manter taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano.
Essa é a terceira reunião consecutiva em que o colegiado opta por manter os juros estáveis, indicando cautela diante do cenário econômico atual.
A decisão reforça o tom conservador da autoridade monetária, que agora monitora sinais para avaliar o momento ideal de iniciar o ciclo de queda da taxa básica de juros. A manutenção ocorre em um contexto de atividade econômica aquecida e inflação ainda resistente, apesar de moderada.
Esse é o maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Selic estava em 15,25% ao ano.
O atual ciclo de aperto monetário teve início em setembro de 2024, quando a Selic foi elevada de 10,50% para 10,75% ao ano, como resposta ao aumento das pressões inflacionárias e à aceleração da economia.
Desde então, o Copom seguiu um ritmo firme de elevações:
O Banco Central vem sinalizando que, embora o ciclo de alta tenha chegado ao fim, o corte de juros dependerá da consolidação de um ambiente macroeconômico mais favorável, tanto no Brasil quanto no exterior, com destaque para a política monetária dos Estados Unidos e os riscos fiscais domésticos.
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No comunicado que acompanhou a decisão, o Copom destacou que a manutenção da Selic “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.
O comitê também reforçou o tom de vigilância e prudência, indicando que o atual patamar de juros deve ser preservado “por um período suficientemente prolongado”, mas que não hesitará em retomar o ciclo de alta caso as expectativas de inflação se deteriorem.
“O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária”, afirmou o BC.
Mesmo com a inflação em queda e alguma recuperação da confiança do consumidor, o Brasil segue entre os países com maior custo real de capital.
Com juro real de 9,74% ao ano, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking global elaborado pela MoneYou e Levante Intelligence, atrás apenas da Turquia, que lidera com 17,8%.
A posição brasileira no ranking se mantém inalterada há cinco meses, e já não seria alterada mesmo que o Copom optasse por ajustar a Selic nesta reunião.
Segundo o economista-chefe Jason Vieira, que coordena o estudo, o principal fator que impede uma redução da taxa são as incertezas fiscais e políticas domésticas, que elevam o prêmio de risco do país, mesmo com sinais de desaceleração econômica e valorização cambial.
O ranking segue com Rússia (9,10%) e Argentina (5,16%), logo após Brasil e Turquia.
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O levantamento da MoneYou considera as 40 maiores economias do mundo e mostra que a maior parte dos países mantiveram suas taxas de juros. Entre as 165 economias analisadas,
📈 No grupo das 40 principais economias, nenhum país aumentou os juros recentemente.
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