Ações da Azul (AZUL4) sobem quase 3% após financiamento bilionário
A notícia fortaleceu o sentimento positivo do mercado sobre os próximos passos do seu processo de recuperação judicial.
✈️ A Azul (AZUL4) anunciou nesta quinta-feira (24) que concluiu uma etapa fundamental em seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
A companhia aérea recebeu a aprovação final do tribunal norte-americano para acessar um financiamento de US$ 1,6 bilhão na modalidade conhecida como Debtor in Possession (DIP).
A medida, segundo a empresa, garante liquidez para manter suas operações enquanto avança em seu plano de reestruturação financeira.
Em nota oficial, a Azul destacou que o aval da Justiça representa um “avanço crucial no processo de transformação acelerada” conduzido sob supervisão do tribunal.
A companhia reforçou que o acesso ao DIP permitirá a continuidade das atividades de forma normal, preservando a conectividade com destinos regionais e internacionais.
O financiamento DIP é um tipo de crédito voltado para empresas que estão em processo de recuperação judicial.
Ele permite que a companhia em crise obtenha recursos frescos para manter suas atividades enquanto negocia seus passivos.
Por ter prioridade de pagamento em relação a dívidas anteriores, o DIP é frequentemente utilizado em processos judiciais nos EUA, especialmente no Chapter 11 — modelo de recuperação adotado pela Azul.
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Além da aprovação do financiamento, a Azul informou que protocolou junto ao tribunal um acordo com a AerCap, maior arrendadora de aeronaves envolvida em seu processo de reestruturação. A empresa representa parte substancial do passivo relacionado à frota da companhia aérea.
Segundo estimativas da própria Azul, o acordo com a AerCap pode gerar mais de US$ 1 bilhão em economia operacional, caso aprovado.
A audiência de avaliação do pedido está marcada para o dia 13 de agosto, e deve ser um dos momentos mais importantes do processo de reestruturação.
Essa renegociação de termos contratuais tem sido um dos principais focos da Azul desde o início do processo de recuperação nos EUA, com o objetivo de alinhar sua estrutura de custos a um cenário de juros mais elevados e câmbio volátil.
A Azul entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA no início de 2025, optando pelo Chapter 11 para reorganizar dívidas com credores internacionais, principalmente arrendadores de aeronaves.
A operação no Brasil segue inalterada, uma vez que a companhia não está sob processo judicial no país. Desde então, a aérea vem adotando uma estratégia de “transformação acelerada”, que inclui:
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Com a aprovação do financiamento DIP e o avanço nas negociações com a AerCap, a Azul ganha fôlego financeiro e operacional para seguir com sua reestruturação.
A expectativa da companhia é concluir esse processo sem comprometer a malha aérea nem os serviços aos clientes.
📊 A próxima audiência, marcada para 13 de agosto, será fundamental para a aprovação final do acordo com a AerCap — etapa que, se confirmada, deverá impactar diretamente a redução de custos com a frota e melhorar a alavancagem da companhia.
A notícia fortaleceu o sentimento positivo do mercado sobre os próximos passos do seu processo de recuperação judicial.
A Azul registrou receita líquida de R$ 1,64 bi e Ebitda ajustado de R$ 420 mi em junho, com margem operacional de 25,6%.