Azul (AZUL4) propõe troca de dívida bilionária por ações da companhia; entenda

Segundo comunicado divulgado no domingo (15), a Azul ressaltou que as negociações não se limitam à troca de dívida por ações.

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Publicado em 16/09/2024 às 10:16h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 16/09/2024 às 10:16h Atualizado 2 meses atrás por Matheus Rodrigues
As ações subiram cerca de 22%, após semanas de quedas expressivas (Imagem: Shutterstock)

💲 A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) está em meio a negociações estratégicas com arrendadores de aeronaves para reestruturar sua dívida de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões).

A proposta, que faz parte de um plano de otimização de capital iniciado no ano passado, envolve a substituição dessa dívida por participação societária na empresa.

Embora as conversas ainda estejam em andamento, sem documentos vinculativos, a companhia sinaliza que a reestruturação da dívida pode ser um passo importante para sua recuperação financeira.

Segundo comunicado divulgado no domingo (15), a Azul ressaltou que as negociações não se limitam à troca de dívida por ações e que outras soluções para melhorar sua estrutura de capital também estão em pauta.

A medida busca aliviar a pressão financeira sobre a companhia aérea, que vem enfrentando quedas acentuadas em suas ações ao longo do ano.

Na última sexta-feira (13), no entanto, a Azul experimentou uma recuperação significativa no mercado, com suas ações registrando um aumento de 22% no Ibovespa, após semanas de quedas expressivas.

Mesmo com essa alta pontual, o cenário para a companhia continua desafiador, com uma desvalorização acumulada de 66% em 2024, sendo mais de 40% apenas desde agosto.

Os investidores acompanham de perto as decisões da Azul, que busca evitar um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, o chamado Chapter 11.

📈 A empresa, que recentemente desmentiu qualquer intenção de seguir esse caminho, tem reforçado sua estratégia de negociar diretamente com os credores, oferecendo ações como forma de quitar dívidas que teriam vencimento nos próximos três anos.