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A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa Selic pela primeira vez em dois anos continuará reverberando no mercado nesta semana. Afinal, a ata da reunião que definiu o novo patamar da taxa básica de juros brasileira será divulgada na próxima terça-feira (24).
💲 O Copom elevou a taxa Selic de 10,50% para 10,75% ao ano na última quarta-feira (18) e apresentou a decisão por meio de um comunicado duro, que deixou o mercado em alerta.
O comitê apontou uma "assimetria altista" no seu balanço de riscos inflacionários e ainda falou em um hiato positivo da atividade, o que indica que a economia brasileira pode estar rodando acima do seu potencial, algo que pode pressionar a inflação.
Diante disso, o mercado passou a precificar novas altas dos juros e não descarta a possibilidade de que o Copom acelere o ritmo de ajuste da taxa Selic. A possibilidade derrubou o Ibovespa e pressionou o dólar na sexta-feira (20).
🗓️ O mercado aguarda, então, que o Copom esclareça a sua avaliação sobre a economia brasileira e dê sinais sobre o que esperar dos juros nos próximos meses na ata da reunião da última quarta-feira (18). O documento sai às 8h da próxima terça-feira (25).
E esta não será a única oportunidade de o BC (Banco Central) calibrar as expectativas do mercado. Na quinta-feira (26), a autoridade monetária divulga o RTI (Relatório Trimestral de Inflação), com as suas projeções para os principais indicadores da economia brasileira.
Na ocasião, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ainda responderá perguntas dos jornalistas. A entrevista será transmitida no canal do BC no YouTube, a partir das 11h de quinta-feira (26).
Além da ata do Copom e do RTI, o Banco Central divulga na segunda-feira (23) o Boletim Focus, com as projeções do mercado para a economia brasileira.
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A semana ainda trará novas informações sobre a situação fiscal brasileira, outro ponto de preocupação do mercado.
Na segunda-feira (23), o Ministério do Planejamento e Orçamento trará os detalhes do último Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
No documento, divulgado na noite de sexta-feira (20); o governo reduziu a projeção para o déficit primário deste ano, de R$ 28,8 bilhões para R$ 28,3 bilhões, e descongelou R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2024.
As medidas foram possíveis por causa de um aumento na projeção da receita anual. Contudo, acenderam um alerta no mercado, que projeta um déficit maior para este ano e fala em receitas superestimadas por parte do governo.
Outros indicadores fiscais também estão previstos para os próximos dias, como o Relatório Mensal da Dívida e o resultado do Tesouro Nacional em agosto. A data de divulgação, contudo, ainda não foi confirmada pelo Tesouro Nacional.
Na quarta-feira (25), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a prévia da inflação de setembro. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) já vai captar os primeiros impactos da bandeira vermelha patamar 1, que entrou em vigor em 1º de setembro devido à seca, na inflação.
Dados sobre o mercado de trabalho brasileiro encerram a semana. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra na quinta-feira (26) quantas vagas de emprego com carteira assinada foram criadas no país em agosto. Já a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal) revela a taxa de desemprego do mês na sexta-feira (27).
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A agenda de indicadores também será intensa no mercado dos Estados Unidos, que respirou aliviado nos últimos dias com o aguardado corte dos juros.
O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, pode dar mais indicações sobre o rumo dos juros americanos na próxima quarta-feira (25), quando discursa em evento realizado pelo Fed de Nova York.
Já na quinta-feira (26), será publicada a leitura final do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no segundo trimestre. Na sexta (26), é a vez do PCE (núcleo do índice de preços de gastos com consumo) de agosto, o indicador de inflação preferido do Fed.
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