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O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) reforçou a perspectiva de que a taxa Selic continuará em alta, mesmo que em um ritmo mais moderado. Além disso, indicou que os juros podem ficar altos por mais tempo do que o esperado.
🏦 O BC publicou nesta terça-feira (25) a ata da última reunião do Copom, realizada na quarta-feira (19). Na ocasião, o comitê elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Além disso, indicou que os juros voltarão a subir em maio, só que de forma mais moderada.
A ata do Copom reforça esta mensagem, ao dizer que o ciclo de alta dos juros "não está encerrado" e que o próximo reajuste da Selic será de menor magnitude, devido ao tempo necessário para que os ajustes da taxa de juros tenham efeito na economia real.
Veja o que diz a ata do Copom:
"O Comitê, em sua comunicação, optou por conjugar três sinalizações sobre a condução de política monetária, caso se confirme o cenário esperado. Primeiramente, julgou que, em função do cenário adverso para a dinâmica da inflação, era apropriado indicar que o ciclo não está encerrado. Em segundo lugar, em função das defasagens inerentes ao ciclo monetário em curso, o Comitê também julgou apropriado comunicar que o próximo movimento seria de menor magnitude. Além disso, diante da elevada incerteza, optou-se por indicar apenas a direção do próximo movimento".
O Copom deixou em aberto o tamanho deste ciclo de alta dos juros. Além disso, indicou que o aperto monetário pode ser mais duro do que o previsto anteriormente.
💲 "O cenário de convergência da inflação à meta torna-se mais desafiador com expectativas desancoradas para prazos mais longos e exige uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado", afirmou o Copom.
O Copom avaliou que as expectativas de inflação "elevaram-se novamente em todos os prazos, indicando desancoragem adicional e tornando assim o cenário de inflação mais adverso". Além disso, ressaltou que este é "um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida".
A meta de inflação perseguida pelo Copom é de 3% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. O comitê, no entanto, entende que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) vai superar a meta em junho deste ano e o mercado prevê uma inflação ainda pressionada para os próximos anos.
Segundo o Boletim Focus, o mercado projeta uma alta dos preços de 5,65% em 2025, 4,50% em 2026 e 4,00% em 2027. Já as projeções do Copom apontam para uma inflação de 5,1% em 2025 e 3,9% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante de política monetária.
Diante disso, o Copom voltou a dizer que "a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".
Diante do aviso do Copom, o mercado discute qual será o tamanho do próximo ajuste da Selic. Por enquanto, a maior parte das apostas aponta para uma alta de 0,50 ponto percentual dos juros em maio, o que levaria a Selic para 14,75% ao ano. Algumas casas, no entanto, não descartam uma alta de 0,75 ponto percentual, como é o caso da XP Investimentos.
Na avaliação da Genial Investimentos, o Copom adotou um tom duro na ata publicada nesta terça-feira (25) e, com isso, descartou a possibilidade de uma alta de 0,25 ponto percentual dos juros em maio.
"Diante das falas mais duras, avaliamos que a autoridade descartou a possibilidade de uma elevação de apenas 25bps na próxima reunião , bem como de que essa alta seja a última do ciclo. Entendemos que um aperto de 75bps também nos parece excessivo, sobretudo diante da elevada incerteza que levou o Comitê a considerar o ritmo de 100bps como demasiado. Assim, sustentamos nossa perspectiva de que a Selic será elevada em 50bps na próxima reunião", avaliou a Genial.
O Itaú BBA também viu um tom duro na ata do Copom. Contudo, diz que a menção ao fim do ciclo de alta dos juros "pode ser vista como um sinal de que essa discussão está viva dentro do comitê". O Itaú BBA acredita, então, que a Selic terá mais duas altas de 0,50 ponto percentual, chegando a 15,25% em junho.
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