Argentina bate mais um recorde com Milei, maior superávit comercial em 20 anos

O saldo da balança comercial dos hermanos foi de quase US$ 19 bilhões em 2024, com uma melhora de 20% nas vendas ao exterior

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Publicado em 20/01/2025 às 20:43h - Atualizado Agora Publicado em 20/01/2025 às 20:43h Atualizado Agora por Lucas Simões
Governo de Milei conseguiu reverter o déficit comercial argentino de quase US$ 7 bilhões visto em 2023 (Imagem: Shutterstock)

🏆 O presidente argentino Javier Milei acumulou mais um recorde positivo para a economia do país em 2024, já que o saldo da balança comercial registrou um superávit de US$ 18,9 bilhões no período, revertendo o déficit de US$ 6,9 bilhões obtido em 2023, conforme dados divulgados pelo Indec nesta segunda-feira (20).

Trata-se, portanto, do melhor desempenho da Argentina nas últimas duas décadas em termos nominais, segundo apontamento da Bolsa de Comércio de Rosario, que indica que o resultado em 2024 ficou bem acima de outros anos de forte saldo na balança comercial, como ocorridos em 2002, 2003, 2009, 2019 e 2021.

Em dezembro passado, a economia argentina somou um superávit comercial de US$ 1,6 bilhão, sendo US$ 7 bilhões nas vendas de seus produtos para outros países e US$ 5,3 bilhões na compra de produtos importados.

Dessa maneira, os hermanos tiveram o seu décimo terceiro mês consecutivo de resultado positivo em sua balança comercial, que começou em dezembro de 2023, mediante uma desvalorização inicial do peso argentino promovida por Milei que, por outro lado, tornou bastante competitivas as exportações do país.

Segundo o informe do Indec, as exportações argentinas em 2024 tiveram o protagonismo de produtos agropecuários e manufaturados da indústria, que representaram 37,2% e 27,7% do total, respectivamente.

O órgão estatístico argentino também aponta que os principais produtos de exportação no ano passado foram o farelo da extração do óleo de soja, com 13,2% de peso; milho em grão, com 8,9%; óleo cru de petróleo e óleo de soja bruto, ambos com 6,9% de participação.

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Investimentos na Argentina surfam maré das exportações

Não é de se admirar que o Brasil tenha sido o principal destino das exportações argentinas no período, com 17,1% do total. Na sequência, aparecem Estados Unidos e Chile, com 8,1% e 7,9%, respectivamente, na preferência pelos produtos dos hermanos.

Já em relação às importações do país vizinho, as compras vieram sob liderança do Brasil, China e Estados Unidos, que representaram 23,6%; 19,2% e 10,2%, respectivamente.

📊 Apesar do Global X MSCI Argentina ETF (ARGT) ter caído mais de −2% nesta segunda-feira (20), nos últimos 12 meses o desempenho da cesta de ações argentinas em dólares foi uma valorização de +65%.

Conforme dados do Investidor10, se você tivesse investido US$ 1 mil no ETF ARGT há um ano, hoje você teria US$ 1.650,39, já considerando o reinvestimento dos dividendos em dólares. 

A simulação também aponta que o IVVB11 (investimento negociado no Brasil que replica o desempenho do S&P 500) teria retornado US$ 1.537,63 nas mesmas condições.