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Meses depois de reduzir a exposição ao Brasil, o JP Morgan elevou sua recomendação para os ativos do país latino. O banco norte-americano destacou que a bolsa brasileira está barata, mas mantém um valuation atraente aos investidores.
🗣️ “Vemos essa mudança como tática e não estrutural, considerando que as questões domésticas que nos levaram a rebaixar o Brasil inicialmente, com a política fiscal ‘ruim’, ainda estão muito presentes”, escrevem os analistas do JP Morgan em relatório divulgado na manhã desta segunda-feira (10).
Os especialistas mudaram a recomendação de neutra para compra, mudando a recomendação para a América Latina, antes concentrada no México. A preferência, no entanto, é por ativos dos setores bancário, elétrico e saneamento básico.
A mudança de estratégia está amparada em alguns fatores, a maioria deles de âmbito externo. O primeiro é o risco de recessão na economia dos Estados Unidos, que, conforme expectativa dos analistas, deve crescer apenas 1% em 2025, abaixo da projeção anterior que era de 2%.
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Além disso, a exposição da China ao mercado brasileiro também pode favorecer as empresas locais. “A China traz mais dinheiro para o mercado emergente e isso deve ser uma vantagem para todos”, pontuaram eles.
No cenário interno, os analistas pontuam que um possível fim do ciclo de alta da taxa de juros, somado à valorização do real despontam como pontos positivos para investimentos. O banco considera cedo para incluir as eleições de 2026 na carteira de investimentos, portanto, ainda não tem um posicionamento claro sobre o evento.
"O Brasil pode estar mais perto do que o esperado do fim do ciclo de aumento de taxas, o que acreditamos ser um gatilho muito importante para as ações", disse o banco. O banco central deve elevar a taxa básica de juros para 14,25% na próxima reunião, elevando o índice em seu maior nível em oito anos.
📈 O mesmo relatório rebaixou as ações mexicanas motivado por uma desaceleração no crescimento desta que é a segunda maior economia da América Latina. Desta forma, os ativos mexicanos foram reduzidos de recomendados para neutros, ainda de acordo com o documento.
"O que mais nos preocupa no México é a forte desaceleração do crescimento, que provavelmente paralisará o PIB, pelo menos na primeira metade do ano", disse a JPM.
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