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Suzano (SUZB3) voltou a anunciar um
novo reajuste nos preços da celulose para clientes da China e de outros mercados asiáticos, indicando um aumento imediato de US$ 20 por tonelada a partir deste mês, segundo uma fonte com conhecimento direto das negociações. A companhia não divulgou qual será o novo preço médio praticado na região após o reajuste.
O movimento reforça a leitura de que o mercado pode estar entrando em uma nova fase do ciclo da celulose, marcada por maior disciplina de oferta e recuperação gradual dos preços, especialmente na Ásia.
No início de novembro, o vice-presidente comercial de celulose da Suzano, Leonardo Grimaldi, já havia sinalizado publicamente que a empresa enxergava espaço para novos aumentos na China, após três rodadas consecutivas de reajustes anunciadas desde agosto.
Na ocasião, Grimaldi afirmou que a companhia ainda buscava implementar “os US$ 20 que não haviam sido capturados”, o que agora se materializa com este novo aumento. Com isso, este passa a ser o quarto reajuste de US$ 20 por tonelada aplicado pela Suzano nos mercados asiáticos desde agosto.
O ciclo de aumentos começou naquele mês, quando os preços na China passaram para a faixa de US$ 530 a US$ 540 por tonelada.
Na sequência, a empresa anunciou reajustes mais agressivos em mercados como Europa e América do Norte, com aumentos de até US$ 80 por tonelada, em um contexto em que os preços vinham acumulando quedas desde maio.
Durante as teleconferências com analistas realizadas após os reajustes anteriores, Grimaldi destacou que as encomendas registradas em julho haviam atingido níveis “excepcionalmente altos”, um comportamento que, segundo ele, indicava um movimento claro de recomposição de estoques por parte dos clientes.
Esse processo de reestocagem, aliado à normalização gradual da demanda, passou a sustentar a estratégia de preços mais firmes da companhia.
“Vemos um cenário que suporta preços mais elevados”, afirmou o executivo na época, acrescentando que tendências semelhantes poderiam se espalhar para outros mercados além da Ásia nos meses seguintes, à medida que o equilíbrio entre oferta e demanda fosse se ajustando.
No início de 2025, a Suzano já havia promovido aumentos de preços, com reajustes de US$ 20 na Ásia e de até US$ 60 na Europa e na América do Norte.
📈 Naquele momento, a principal leitura do mercado era que a paralisação das operações da Shandong Chenming, uma das maiores produtoras chinesas de papel e celulose, que enfrenta dificuldades financeiras, havia reduzido a oferta e criado espaço para a retomada dos reajustes.