Para fugir da inadimplência, fundo imobiliário dá desconto para Americanas (AMER3)
Três lojas da rede passarão a pagar mensalidades mais baixas do que as previstas no contrato de aluguel.
💲 A Americanas (AMER3) apresentou um desempenho bem menos negativo no segundo trimestre de 2025, registrando prejuízo líquido de R$ 98 milhões, valor 94,7% menor que os R$ 1,86 bilhão contabilizados no mesmo período de 2024.
O resultado indica um avanço significativo na reestruturação financeira da companhia, que segue em recuperação judicial desde a revelação da fraude contábil bilionária no início de 2023.
O GMV total (volume bruto de mercadorias) somou R$ 5,2 bilhões no trimestre, alta de 15,6% em relação ao ano anterior.
O destaque ficou para o GMV físico, que cresceu 35,7%, atingindo R$ 4,35 bilhões, impulsionado pelo desempenho das lojas físicas e maior fluxo de clientes.
Em contrapartida, o GMV digital recuou 68,7%, para R$ 213 milhões, refletindo o redirecionamento estratégico e a redução de operações menos rentáveis no e-commerce. Já o segmento classificado como “outros” avançou 4%, alcançando R$ 634 milhões.
A receita líquida total da Americanas aumentou 24,7% na comparação anual, para R$ 3,84 bilhões, acompanhando o bom desempenho do varejo físico.
O Ebitda ajustado disparou 1.216%, chegando a R$ 329 milhões. Ao desconsiderar os efeitos do IFRS 16, o indicador ficou positivo em R$ 94 milhões, revertendo o resultado negativo de um ano antes.
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O resultado financeiro líquido também mostrou evolução expressiva, ficando negativo em R$ 38 milhões, melhora de 97,5% frente ao prejuízo de R$ 1,55 bilhão registrado no 2T24.
Segundo a companhia, o foco permanece em oferecer valor ao cliente, elevar a eficiência operacional e restaurar a confiança do mercado.
Nos últimos trimestres, a Americanas vem apresentando uma trajetória consistente de redução de prejuízos, apoiada em ajustes na operação e na gestão financeira.
📈 O desafio para os próximos períodos segue sendo equilibrar a recuperação das margens com a reconquista do espaço no varejo digital, sem comprometer o ganho obtido no segmento físico.
Três lojas da rede passarão a pagar mensalidades mais baixas do que as previstas no contrato de aluguel.
O resultado foi uma redução superior a R$ 500 milhões no passivo fiscal, aliviando a estrutura de capital da companhia.