Americanas (AMER3): CEO fala em crescimento sustentado após recuperação

Leonardo Coelho disse que plano que será votado nesta terça-feira (19) permite pavimentar um caminho de reconstrução e geração de valor

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Publicado em 19/12/2023 às 18:57h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 19/12/2023 às 18:57h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
O presidente das Americanas, Leonardo Coelho, em depoimento no Senado (Geraldo Magela/Agência Senado)

O CEO da Americanas (AMER3), Leonardo Coelho, acredita que o plano de recuperação judicial da companhia tem potencial para equilibrar as dívidas, destravar o crescimento sustentado e retomar a geração de valor para os acionistas da varejista.

🗣️ "É uma peça sofisticada e foi minuciosamente pensado para endereçar a complexidade da dívida e as particularidades da operação das Americanas", disse Leonardo Coelho, na abertura da assembleia geral de credores que analisa o plano de recuperação judicial da companhia nesta terça-feira (19).

Segundo o executivo, o plano é "resultado do esforço conjunto do colegiado de credores, assessores financeiros, assessores jurídicos, acionistas e companhia para sanar a estrutura de capital das Americanas, permitindo assim pavimentar um caminho de reconstrução e retorno da geração de valor para todos os stakeholders".

📈 Leonardo Coelho, então, agradeceu a todos que participaram da elaboração do plano de recuperação judicial das Americanas e seguiu: "Este plano foi arduamente discutido em todas as suas nuances e assim contempla o melhor formato possível para equilibrar os passivos e destravar um crescimento sustentado".

Assembleia de credores

A Americanas tenta aprovar ainda nesta terça-feira (19) o seu plano de recuperação judicial. A assembleia geral de credores começou às 14h e quase foi suspensa em razão das últimas alterações no plano.

💲 Nesta madrugada, a Americanas precificou em R$ 1,30 as ações que devem der emitidas no processo de aumento de capital da companhia, previsto no plano de recuperação judicial. Por isso, no início da assembleia, um grupo de credores pediu mais tempo para avaliar a mudança.

Apenas 10,85% dos credores presentes, no entanto, votaram pela suspensão da assembleia, que tem uma segunda convocação prevista para 22 de janeiro de 2024. Por isso, a assembleia continuou e já se estende por mais de quatro horas nesta terça-feira (19).

💰 Cerca de 97,35% dos credores da classe 3, de créditos quirografários sem garantias, participam da assembleia. Essa categoria inclui bancos e fornecedores e envolve uma dívida de R$ 49,9 bilhões. Isto é, a maior parte da dívida de R$ 50,1 bilhões da Americanas. O restante do débito diz respeito a dívidas trabalhistas (R$ 82,9 milhões) e microempresas ou empresas de pequeno porte (R$ 180,2 milhões).

Americanas tem maioria

Depois de meses de negociação com os credores, a Americanas chega a assembleia desta terça-feira (19) com o apoio da maior parte dos seus credores. Nesta madrugada, a empresa disse ter o apoio de "credores quirografários titulares de parcela significativamente superior a 60% da dívida da Companhia".

🤝 A varejista fechou acordos com os principais bancos credores nas últimas semanas e anunciou nesta madrugada o apoio de mais três bancos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia), além de outros detentores de títulos da empresa.

O acordo prevê a capitalização da empresa em aproximadamente R$ 24 bilhões, sendo R$ 12 bilhões do seus acionistas de referências e mais R$ 12 bilhões de bancos credores. Com isso, os credores devem passar a responder por cerca de 45% a 48,2% do capital social da empresa.

Já a participação dos acionistas de referência (o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles) deve passar dos atuais 30,1% para algo em torno de 46% a 49,3% do capital social da companhia. A participação de outros acionistas, que hoje é de 69,9%, será achatada para até 2,5%.

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