As ações da
Amazon (AMZN) negociadas na bolsa de valores americana até podem ter fechado em queda de -3,23% no mercado à vista, só que no pregão estendido em Wall Street, a gigante do varejo e dados em nuvem disparava +13%, com seus papéis valendo US$ 251,75 cada, à medida que os investidores gostaram dos resultados do terceiro trimestre do ano (
3T25).
Nesta quinta-feira (30), o mercado tomou conhecimento do lucro líquido de US$ 17,4 bilhões da Amazon no 3T25, cifra equivalente a US$ 1,95 por ação. O indicador superou o lucro por ação de US$ 1,57, previsto por consenso de analistas em Wall Street.
Outra façanha da companhia no trimestre passado foi reportar receitas líquidas consolidadas de US$ 180,17 bilhões, novamente bem acima do consenso de US$ 177,8 bilhões. Tal resultado deve muito à divisão de armazenamento de dados em nuvem (AWS).
O crescimento das receitas da AWS foi de 20% no 3T25, ante o mesmo período de 2024, excedendo a aposta do mercado, que projetava taxa de 18,1%. Só no último dia 29 de outubro, a empresa colocou de pé um data center de
inteligência artificial avaliado em US$ 11 bilhões.
AWS puxa o carro da Amazon
Tamanho avanço do AWS rendeu comentários do próprio CEO da Amazon, Andy Jassy, que disse no relatório de resultados que "a demanda em inteligência artificial segue forte e que a gestão segue focada em acelerar a capacidade, dado o ritmo de crescimento que não era visto desde 2022".
Já pensando no último trimestre de 2025, a Amazon especula que suas receitas consolidadas fiquem entre US$ 206 bilhões e US$ 213 bilhões. Logo, o ponto de equilíbrio em US$ 209,5 bilhões ficou acima da mediana de analistas, cuja faixa é de US$ 208 bilhões.
Apesar de a companhia ter demitido recentemente 14 mil funcionários ao ampliar a sua aposta em inteligência artificial e reduzir custos, a Amazon encerrou o 3T25 com um quadro de 1,58 milhão de colaboradores, incremento de 2% na comparação anual.
Segundo dados do
Investidor10, se você tivesse investido US$ 1 mil em
AMZN há dez anos, hoje você teria
US$ 7.365,95, já considerando o reinvestimento dos
dividendos em dólar. A simulação também aponta que o
ETF VOO, que replica o
S&P 500, teria retornado
US$ 3.809,37 nas mesmas condições.