Pagamentos digitais fazem Visa (VISA34) criar nova vertical para o Brasil
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Duas competidoras de peso resolveram dar as mãos e fechar um acordo que beneficia os seus consumidores. Mastercard (MSCD34) e Visa (VISA34) encerraram um litígio de 20 anos e definiram a redução de 0,1 ponto percentual nas taxas de intercâmbio de cartão de crédito.
A decisão foi publicada na última segunda-feira (10), em comunicado enviado à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos). Ficou definido que essa tarifa ficará limitada a 1,25% por pelo menos os próximos cinco anos.
“Após mais de 20 anos de litígio, a Visa e a Mastercard chegaram a um acordo proposto com varejistas americanos de todos os portes, que vai proporcionar um alívio significativo, mais flexibilidade e opções para controlar como aceitam pagamentos de seus clientes”, informou, em comunicado, a Visa.
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“Acreditamos que essa é a melhor solução para todas as partes, proporcionando clareza, flexibilidade e proteção ao consumidor buscadas nesse processo”, complementou a concorrente Mastercard.
O acordo é particularmente favorável para os lojistas, que não serão cobrados de forma expressiva por passarem o cartão de uma administradora na máquina de outra. Além disso, eles podem decidir quais categorias do plástico querem aceitar.
O caso remonta ao começo deste século, quando os comerciantes processaram as duas marcas por práticas anticompetitivas. Estima-se que, apenas em um ano, as duas empresas tenham auferido ao menos US$ 110 bilhões por meio dessas taxas.
No Brasil, as duas empresas estão trabalhando para criar novos segmentos de receita e, para isso, lançaram novas categorias. A Visa chega com o Infinite Privilege, enquanto a Mastercard lança o World Legend.
Ambos os produtos estão em uma classificação acima da Black, englobando apenas 0,1% da população, dado o corte feito pela renda. No caso da Visa, é exclusivo para quem recebe acima de US$ 60 mil ou mantém investimentos que ultrapassem US$ 6 milhões.
“Trata-se de um público pequeno em número, mas influente, altamente conectado e com alto impacto econômico”, diz Leonardo Linares, vice-presidente sênior de soluções da Mastercard.
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