Ações da Vale (VALE3) podem render mais dividendos, diz Itaú BBA
O banco destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa em 2025, criando margem para dividendos adicionais.
🔊 A XP divulgou um relatório, na última sexta-feira (26), sobre as perspectivas para as ações da Vale (VALE3), após a companhia ser envolvida em notícias sobre um potencial novo acordo de reparação da Samarco.
📊 Segundo a XP, as ações podem cair de 3% a 12%, "após excluir uma suposição de consenso de caso base de uma provisão extra de US$ 2,5 bilhões (com o impacto negativo esperado sobre as ações decorrente dos valores acima deste valor, pois vemos um valor provisório extra de aproximadamente US$ 2,5 bilhões, conforme já esperado pelo mercado)".
A XP ainda destacou que, embora as implicações deste potencial acordo de reparação para a Samarco possam parecer negativas à primeira vista, os analistas acreditam que é muito cedo para tirar uma conclusão sobre o tema.
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"Além disso, destacamos que a VALE3 caiu 2,2% ontem, em um dia marcado por diversos ruídos em relação ao plano de sucessão em andamento da empresa", informou a XP em relatório.
"Com aproximadamente US$ 3,2 bilhões em provisões relacionadas à Samarco incluídas no balanço do terceiro trimestre da Vale, a companhia ainda não tem informações se este novo acordo de reparação acrescentaria (aumentaria o saldo provisório da empresa desconsiderando o valor provisionado atual) ou substituiria totalmente o acordo em vigor (ou seja: consideraria o valor de cerca de US$ 3,2 bilhões)", complementou a XP.
O jornal "O Globo" publicou, nesta semana, que a Justiça brasileira condenou a Vale, Samarco e BHP por danos morais e coletivos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015. A Justiça teria condenado as empresas a pagarem uma indenização de R$ 47,6 bilhões.
A barragem, que rompeu em 2015, no subdistrito de Bento Rodrigues, pertencia à Samarco - companhia de capital fechado que atua no segmento de mineração. A Samarco é uma joint venture de propriedade da Vale e BHP. A onda de lama com rejeitos de mineração da empresa matou 19 pessoas.
A Vale informou, em comunicado à imprensa, que até dezembro de 2023 foram destinados R$ 34,7 bilhões para ações de reparação e compensação da Renova, sendo R$ 14,4 bilhões para pagamento de indenizações individuais e R$ 2,7 bilhões para Auxílio Financeiro Emergencial, totalizando R$ 17,1 bilhões, beneficiando pelo menos 438 mil pessoas.
O banco destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa em 2025, criando margem para dividendos adicionais.
Mineradora alcança redução do nível de risco de rompimento da barragem Forquilha III, em Minas Gerais.