Azul (AZUL4) registra alta de 155% no lucro do 4T23
No ano, a empresa teve mais de 29 milhões de clientes, uma alta de 6,5% em comparação com 2022.
🚨 As ações da Azul (AZUL4) continuam atraindo a atenção no mercado financeiro, com uma valorização de mais de 50% em apenas três dias.
Apesar de ter iniciado o pregão desta quarta-feira (18) em alta, alcançando um pico de 9,92% e sendo brevemente suspensa por leilão devido à oscilação, os papéis voltaram a recuar e registravam queda de 2,24%, cotados a R$ 6,11 por volta das 12h30.
Essa volatilidade é reflexo do movimento de recuperação da Azul, que apresentou um aumento expressivo de 54,2% entre os dias 12 e 17 de setembro, após atingir seu menor valor histórico.
Este desempenho a posicionou como a ação de melhor performance entre as que compõem o Ibovespa (IBOV) no período.
Mesmo com essa recuperação, os papéis da companhia aérea ainda estão 90% abaixo do valor recorde de R$ 62,41, registrado em 28 de janeiro de 2020, antes da crise que atingiu o setor aéreo globalmente.
O valor de mercado da Azul saltou para R$ 2,16 bilhões no fechamento de 17 de setembro, representando um acréscimo de R$ 761 milhões em relação ao dia 12 do mesmo mês.
No entanto, no acumulado de 2024, as ações ainda amargam uma queda de 55%, refletindo as incertezas que pairam sobre a saúde financeira da companhia e as negociações em curso para reestruturar suas dívidas.
Nos últimos dias, as ações da Azul têm reagido às notícias sobre a reestruturação de suas obrigações financeiras.
A empresa está em diálogo com arrendadores de aeronaves para ajustar a sua estrutura de capital, conforme o plano de otimização firmado no ano passado.
Entre as medidas discutidas, destaca-se a conversão de uma dívida de US$ 580 milhões em participação acionária na companhia, o que trouxe um novo fôlego ao mercado, com as ações disparando 15% em um único dia.
➡️ Leia mais: Azul (AZUL4) propõe troca de dívida bilionária por ações da companhia; entenda
Paralelamente aos movimentos de mercado, o governo federal também está se mobilizando para apoiar o setor aéreo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (18) a nova Lei Geral do Turismo, que, entre outras medidas, autoriza o uso de recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para financiar as companhias aéreas que operam voos regulares no Brasil.
O objetivo é proporcionar mais estabilidade ao setor, que enfrenta grandes desafios desde a pandemia.
De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o financiamento será essencial para aumentar a frota de aeronaves e expandir a oferta de voos e passagens, o que poderá contribuir para a redução dos custos operacionais das companhias e, eventualmente, o preço das tarifas aéreas.
💲 Um Comitê Gestor do Fnac será criado para definir os limites de recursos destinados a empréstimos.
Estima-se que o fundo, que atualmente possui um saldo de R$ 8 bilhões, possa disponibilizar cerca de R$ 5 bilhões para fortalecer as empresas aéreas nacionais.
Com essas medidas, o governo busca reaquecer o setor aéreo, que foi severamente afetado pela pandemia e ainda lida com o desafio de equilibrar suas contas.
A Azul, que está no centro das atenções com sua recente valorização, pode se beneficiar diretamente deste novo ciclo de apoio governamental.
No ano, a empresa teve mais de 29 milhões de clientes, uma alta de 6,5% em comparação com 2022.
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