Acionistas da Tesla (TSLA34) são orientados a negar bônus para Musk

A consultoria Glass Lewis disse que prêmio salarial de US$ 55,8 bilhões tem "tamanho excessivo".

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Publicado em 26/05/2024 às 17:11h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 26/05/2024 às 17:11h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
Musk perdeu posto de homem mais rico do mundo quando ficou sem o bônus (Shutterstock)

A consultoria americana Glass Lewis disse que acionistas da Tesla (TSLA34) deveriam barrar o pagamento de um prêmio salarial de US$ 55,8 bilhões (cerca de R$ 286 bilhões na cotação atual) a Elon Musk

💰 A recomendação consta em relatório publicado no sábado (25) pela consultoria. No documento, a consultoria avalia que o prêmio tem um "tamanho excessivo" e diz que Musk tem uma "lista de projetos extraordinariamente demorados", que poderiam o afastar do comando da Tesla, segundo o "Financial Times".

Musk também é dono de empresas como X (ex-Twitter), SpaceX e Neuralink, além da startup de inteligência artificial xAI. Ele teria se comprometido, por exemplo, a criar o maior supercomputador da história para avançar com o chatbot da xAI até o fim de 2025.

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Bônus foi barrado pela justiça

⚖️ O prêmio salarial de US$ 55,8 bilhões já havia sido aprovado pelos acionistas da Tesla em 2018, mas foi derrubado pela justiça americana no início de 2024, depois de ser questionado por um acionista e considerado não "totalmente justo" pela juíza-chefe do Tribunal de Delaware, Kathaleen St. J. McCormick.

Com a decisão judicial, Musk perdeu o posto de homem mais rico do mundo e ameaçou transferir a sede da Tesla de Delaware para o Texas.

O Conselho de Administração da Tesla, no entanto, pediu que seus acionistas retomem o prêmio salarial. O assunto será votado em uma assembleia de acionistas no próximo dia 13 de junho, junto com a proposta de mudança da sede da fabricante de carros elétricos.

Ao propor a retomada do pacote de remuneração a Musk, a presidente do Conselho da Tesla, Robyn Denholm, disse que esta é uma "questão fundamental de justiça e respeito" ao CEO da companhia.