🪙 A noite de sexta-feira (19) marcou o quarto Halving do Bitcoin, um evento aguardado com grande expectativa por investidores e especialistas. O Halving, que corta pela metade a emissão da principal criptomoeda do mercado, ocorreu por volta das 21h15 no horário de Brasília, de acordo com dados em blockchain.
Apesar da antecipação em torno do evento, o preço do Bitcoin registrou uma queda de 1,8% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 63.762. Durante o acontecimento, o preço do BTC permaneceu estável, na faixa dos US$ 64 mil.
O Halving é um processo programado que reduz pela metade as recompensas de BTC geradas por blocos minerados a cada 210 mil blocos, aproximadamente a cada quatro anos. Esse evento não altera o funcionamento da rede do Bitcoin.
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Desde o primeiro Halving em 2012, a recompensa inicial de 50 BTC por bloco minerado foi reduzida para 25 BTC; depois para 12,5 BTC em 2016; e para 6,25 BTC em 2020. Neste Halving de 2024, a recompensa agora estabelecida é de 3,125 BTC por bloco.
Impactos do Halving
💰 Os Halving geralmente têm um impacto positivo no preço do Bitcoin a longo prazo. Após o primeiro Halving em 2012, o Bitcoin saltou de cerca de US$ 12 para mais de US$ 1 mil no ano seguinte. O mesmo padrão ocorreu em 2016, quando o preço do BTC subiu de US$ 650 para US$ 20 mil cerca de um ano após o fenômeno.
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O Halving de 2020 também teve efeito no preço do Bitcoin sete meses depois, com o BTC passando de US$ 8,5 mil para mais de US$ 40 mil em novembro de 2021.
Para este ano, as previsões pós-halving consideram não apenas a redução da emissão da moeda, mas também a adoção institucional e o lançamento de novos produtos financeiros ligados ao BTC, como os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos.
Embora muitos acreditem que o Halving é um evento otimista que impulsiona os preços das criptomoedas, alguns especialistas advertem sobre a possibilidade de uma queda nos preços. O histórico mostra que após o “hype” do Halving, o Bitcoin frequentemente entra em um período de correção significativa, conhecido como "inverno cripto".
Assim, enquanto o Halving é considerado um momento emocionante para os entusiastas do Bitcoin, é importante manter uma visão de longo prazo e entender que a volatilidade é uma característica intrínseca do mercado das criptomoedas.
Para os mineradores e investidores de mineradoras, apesar de afetar em um curto prazo, no longo prazo o choque entre oferta e demanda torna o investimento estável novamente. O investidor ou minerador precisa de uma excelente gestão financeira pré-halving para possuir caixa suficiente antes da ocorrência de uma alta significativa.
No entanto, a tendência primária é de alta no ativo, mas estatisticamente o efeito demora para "se pagar" entre quatro a seis meses após o evento. “Há possibilidade de uma queda após o evento, pois muitos investidores precificam o ativo precocemente fazendo com o que na primeira alta após o Halving, muitos tenham lucro”, segundo diz Gabriel Fioravante, professor da FIA Business School.
Outras criptos que podem surfar na onda do Halving
O Polygon, destaca-se pela capacidade de atrair investidores médios. Sua tecnologia está ganhando adesão de grandes players do setor, como a OKX, que está desenvolvendo a plataforma blockchain X1 com base no CDK do Polygon.
A equipe do Polygon está migrando o token MATIC para POL, permitindo que os detentores atuem como validadores em várias blockchains simultaneamente. Os contratos inteligentes foram lançados na rede principal Ethereum em outubro de 2023.
O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, ultrapassou seu concorrente mais próximo, o Tether, com uma capitalização de mercado de US$ 272 bilhões. Sua plataforma é ideal para projetos avançados de blockchain, como finanças descentralizadas e tokens não fungíveis.
Mudanças recentes no protocolo, como a transição para proof of stake, aumentaram o apelo do ETH a longo prazo. Além disso, o lançamento antecipado de ETFs de Ethereum, incluindo solicitações de empresas como BlackRock e Grayscale, indica um potencial de alta nos próximos meses.
Arbitrum é uma solução de escalonamento de camada 2 popular para o Ethereum, oferecendo transações mais rápidas e baratas com segurança da rede principal. Com um TVL de US$ 5,63 bilhões, é a camada 2 mais utilizada do Ethereum, processando mais de 6,85 transações por segundo.
Com o token ARB avaliado em US$ 2,28 bilhões, representa uma aposta sólida para a escalabilidade do Ethereum, especialmente em um mercado em alta.
O BNB, lançado pela Binance em 2017, é o principal ativo da BNB Chain, uma plataforma blockchain própria. Apesar de compromissos em descentralização, é bem aceito pelos usuários e apoiado pela Binance, podendo se beneficiar do próximo halving do Bitcoin.
O Dogecoin, com sua durabilidade desde 2013, é uma criptomoeda promissora antes do Halving do Bitcoin. Durante o boom de 2021, valorizou-se significativamente, atraindo novos investidores devido ao seu apelo como meme e preço acessível. Rumores sobre o Twitter adotar o Dogecoin também impulsionaram seu preço.
A Solana é uma plataforma de contratos inteligentes rápida e eficiente, apesar de contratempos técnicos no ano passado. Com escalabilidade impressionante, suporta casos de uso inviáveis em outras blockchains. Seu ecossistema DApp é mais diversificado que o de concorrentes como Cardano. O token SOL está sendo negociado a mais de 50% abaixo do máximo histórico, representando uma oportunidade de investimento antes do próximo Halving do Bitcoin.
Mineradoras e investidores
💲 Segundo Gabriel Fioravante, a premissa de um totalitarismo das grandes mineradoras, que “de fato” somam um grande processamento de dados, é inadequada.”No cenário atual, ETFs, fundos e grandes investidores já começaram a corrida pela compra direta entre eles e mineradores, o que pode ampliar cada vez mais o livre mercado e trazer benefícios para os pequenos mineradores”. Segundo ele, isso pode resultar em vendas diretas com spreads melhores.
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Ele complementa que o simples fato de existir um sistema com inflação controlada por algoritmos já auxilia na precificação das mineradoras, “o que de fato ocorre é uma má gestão por parte de pequenos mineradores nos anos prévios ao próximo Halving. Investimentos em estratégias erradas, compras de maquinários antes de quedas do mercado, fora problemas regulatórios que implicam na quebra desses pequenos mineradores.
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