3tentos (TTEN3) lucra R$ 318,4 milhões no 3T24, apesar de crise no agro

Varejo de insumos agrícolas enfrenta desafios com crise de crédito afetando empresas e produtores rurais

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Publicado em 11/11/2024 às 19:33h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 11/11/2024 às 19:33h Atualizado 1 mês atrás por Lucas Simões
Modelo de negócios diversificado ajuda 3tentos a se superar no trimestre (Imagem: Reprodução/3tentos)

🚜 Apesar da crise de crédito que afeta o agronegócio brasileiro em 2024, a 3tentos (TTEN3) teve lucro líquido de R$ 318,4 milhões no terceiro trimestre do ano (3T24), avanço de 46% na comparação anual, conforme resultados divulgados nesta segunda-feira (11).

Sob o ambiente marcado pela recuperação judicial da Agrogalaxy (AGXY3), a varejista de insumos agrícolas teve margem líquida estável de 9,1% no trimestre, além de registrar ROE (Retorno Sobre Patrimônio Líquido) de 22,2% e ROIC (Retorno Sobre o Capital Investido) de 21,5%.

Já o ebitda ajustado (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 342 milhões no 3T24, crescimento de 194,0% comparado ao mesmo período em 2023, com margem ebitda de 5 pontos percentuais.

No caso, a 3tentos alega que aproveitou o incremento das margens, principalmente do segmento da Indústria, ganhos de eficiência operacional.

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Receitas com diversificação

Em termos de receita líquida, a companhia totalizou R$ 3,49 bilhões no período, composta pela contribuição dos três negócios diversificados: Insumos (R$ 757,4 milhões), Grãos (R$ 885,4 milhões) e Indústria (R$ 1,85 bilhão).

Conforme a 3tentos, os segmentos de Grãos e Indústria continuam apresentando forte desempenho, explicado pela maior originação de grãos e mercado aquecido de biocombustíveis. 

Por sua vez, no segmento de Insumos, foi observado que o produtor adquiriu seus insumos de forma mais escalonada para a safra 2024/2025, considerando as previsões climáticas e sua rentabilidade.

A empresa encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 149 milhões, um aumento de R$ 96,2 milhões na base anual, em função dos investimentos realizados durante o primeiro semestre de 2024, que são parte do novo plano de expansão.