A Weg (WEGE3) registrou um lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no segundo trimestre de 2025.
📊O resultado cresceu 10,4% em relação ao mesmo período de 2024. Contudo, ficou mais uma vez abaixo do esperado pelo mercado.
Segundo a Lseg, os analistas esperavam que a fabricante de motores elétricos lucrasse R$ 1,76 bilhão no trimestre.
Este é o quarto trimestre consecutivo em que a Weg não consegue bater as expectativas do mercado.
Em balanço divulgado nesta quarta-feira (23), no entanto, a companhia disse que continua "com sólido desempenho dos negócios de ciclo longo voltados à infraestrutura elétrica de transmissão e distribuição (T&D)".
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Segundo a empresa, o segmento ajudou a compensar o momento de baixa do mercado de geração eólica, que ainda não recebeu nenhum projeto neste ano, garantindo uma melhora dos resultados.
"Conseguimos manter o crescimento e a rentabilidade consistente dos nossos negócios, mesmo diante de um cenário político e econômico global marcado por incertezas e alta volatilidade", ressaltou.
Diante das dúvidas sobre o impacto da política tarifária americana nos negócios da empresa, a Weg afirmou ainda que tem capacidade de reagir de forma rápida a mudanças de cenários e mitigar possíveis impactos macroeconômicos, graças à presença de produção global e ao portfólio diversificado.
A receita operacional líquida da Weg cresceu 10,1% na comparação com o segundo trimestre de 2024, chegando a R$ 10,2 bilhões.
📈 A alta foi puxada pelo mercado externo. A receita do segmento saltou 17,3%, respondendo por 59,1% de todo o faturamento da companhia no período.
"No mercado externo, a atividade industrial apresentou evolução nas vendas de equipamentos de ciclo curto nas principais regiões de atuação, além do bom desempenho de motores comerciais e appliance", explicou.
Os negócios de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD) também cresceram, com o aumento de entregas na América do Norte.
Já a receita do mercado interno cresceu apenas 1%, puxada sobretudo pelos negócios de geração solar e pela continuidade das entregas dos projetos de T&D.
Afinal, a baixa do mercado de geração eólica pesou sobre o faturamento interno, assim como a redução da demanda por projetos de ciclo longo e a desaceleração dos produtos de ciclo curto, como motores comerciais e appliance, redutores e produtos seriados de automação.
As despesas de Vendas, Gerais e Administrativas, por sua vez, cresceram 20,2% na base anual, devido à consolidação dos negócios adquiridos da Marathon, Rotor e Cemp e do aumento nas despesas de fretes.
Com isso, o Ebitda da Weg teve uma alta de 6,5% em relação ao segundo trimestre de 2024, chegando a R$ 2,26 bilhões.
💲 A margem Ebitda, que havia cedido nos últimos três trimestres, foi de 22,1%. O dado melhorou em relação ao primeiro trimestre de 2025, quando marcou 21,6%. Contudo, ainda está abaixo do observado no mesmo período de 2024 (22,9%).
Já a margem líquida subiu para 15,6%, ante 15,3% do trimestre anterior e 15,5% do mesmo trimestre do ano passado.
O ROIC (Retorno Sobre o Capital Investido), por outro lado, caiu 32,9%, ante 33,2% do trimestre anterior e 37,4% do mesmo trimestre do ano passado.
Pouco antes de apresentar os dados do segundo trimestre, a Weg anunciou dividendos intermediários.
💰 A companhia vai pagar R$ 719,3 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,1714 por ação.
A data de corte é em 25 de julho, ou seja, na próxima sexta-feira. Já o pagamento será realizado em 13 de agosto, junto com os JCP (Juros sobre o Capital Próprio) anunciados em março e junho deste ano.
Weg pagará R$ 719,3 milhões em dividendos para os acionistas registrados ao final do pregão.
Companhia já vê as incertezas tarifárias afetando preços e decisões de investimento.
