WEG (WEGE3) aprova aumento de capital para R$ 7,5 bilhões
O capital social da companhia passará de R$ 6,504 bilhões para R$ 7,504 bilhões.
Os resultados do terceiro trimestre pesaram sobre as ações da Weg (WEGE3) nos últimos dias, mas o BTG Pactual viu esse recuo como uma oportunidade de compra. O banco acredita que as ações da fabricante de motores elétricos ainda podem subir quase 25% e voltou a recomendar a compra do papel.
📈 O BTG havia rebaixado as ações da Weg para neutro em março, mas elevou a recomendação para compra nesta sexta-feira (1º). Além disso, aumentou o preço-alvo de R$ 60 para R$ 68.
Os analistas do banco explicaram que as suas preocupações anteriores não se confirmaram e avaliam que a Weg deve continuar em alta na bolsa: "Vemos espaço para mais, especialmente após a recente fraqueza".
Em relatório, os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia ainda disseram que não estavam atualizando a recomendação para o papel só por causa dos resultados do terceiro trimestre, mas para fazer um "mea culpa, reconhecendo que nossas preocupações quando rebaixamos as ações (erroneamente em retrospecto) desapareceram".
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Quando rebaixou a recomendação para as ações da Weg, de compra para neutra; o BTG Pactual apresentou quatro pontos principais de preocupação:
Agora, no entanto, os analistas afirmam que "a realidade foi muito diferente": "Estávamos errados. Todas as nossas preocupações não se confirmaram".
💵 Além disso, o BTG vê a Weg navegando bem pelo cenário atual. A fabricante de motores elétricos deve se beneficiar da recente valorização do dólar, por exemplo, já que tem uma forte exposição cambial.
Os analistas também ressaltaram o crescimento contínuo no mercado de data center e o envolvimento crescente da Weg no mercado americano.
Nos Estados Unidos, a Weg atua sobretudo com transformadores de potência e motores elétricos de baixa tensão -um segmento que, na avaliação do BTG, deve ser pouco impactado pelas incertezas trazidas pelas eleições americanas.
💲 O BTG Pactual ainda classificou os resultados do terceiro trimestre da Weg como "sólidos", mesmo depois de os dados derrubarem as ações em mais de 5% na última quarta-feira (30).
"A Weg é vítima de seu próprio sucesso, pois as expectativas são sempre altas, e alguns investidores esperavam margens ainda maiores neste trimestre", explicaram os analistas, lembrando que a Weg havia registrado margens recordes no trimestre anterior e que não é fácil repetir esse trunfo.
O BTG ainda avaliou que o crescimento das despesas da Weg parece ser pontual. Por isso, decidiu manter elevadas projeções para a empresa: "Esperamos que as margens permaneçam altas por um período mais longo, apoiadas por um mix de produtos favorável".
Veja as projeções do BTG:
2025
2026
No acumulado de janeiro a setembro de 2024, a Weg obteve uma receita líquida de R$ 27,16 bilhões. Já a margem Ebitda foi de 22,5% e o lucro líquido somou R$ 4,34 bilhões.
Só no terceiro trimestre, o lucro líquido alcançou R$ 1,578 bilhão, 20,4% mais do que no mesmo período de 2023. O mercado, no entanto, olhou com desconfiança para o aumento anual de 31,6% das despesas de vendas, gerais e administrativas e a contração da margem Ebitda, que passou de 22,9% para 22,6%.
O capital social da companhia passará de R$ 6,504 bilhões para R$ 7,504 bilhões.
Aos 19 anos, Livia Voigt tem uma participação de 3,1% na Weg e uma fortuna de aproximadamente R$ 5,5 bilhões.