Venda de diesel bate recorde no Brasil em agosto, diz OSP

Petrobras foi a principal fornecedora, mas perdeu participação no mercado no mês

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Publicado em 06/10/2023 às 18:32h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 06/10/2023 às 18:32h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Mais de 6 milhões de metros cúbicos de diesel foram vendidos no país em agosto. Foto: Shutterstock

A venda de diesel bateu recorde no Brasil em agosto de 2023. Segundo o OSP (Observatório Social do Petróleo), mais de 6 milhões de metros cúbicos do combustível foram comercializados no mês e 73% disso foi fornecido pela Petrobras (PETR3).

Em relatório publicado nesta sexta-feira (6), o OSP disse que a venda nacional de diesel vem subindo desde junho e registrou a maior oferta da última década em agosto. O volume registrado no mês é 7% maior que o de agosto de 2022, quando foram comercializados 5,6 milhões de metros cúbicos, por exemplo.

Com base em dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o estudo diz que as vendas nacionais de diesel S-10 e S-500 totalizaram 6.092.657 de metros cúbicos em agosto. O dado contraria os boatos de escassez do combustível que se espalharam pelo país no mês.

Petrobras

A Petrobras perdeu um pouco de participação, mas segue como a principal fornecedora de diesel do Brasil. Segundo o Observatório Social do Petróleo, a estatal respondia por 78% do fornecimento nacional do combustível até julho de 2023, mas essa participação caiu para 73% em agosto.

“Isso comprova que o mercado funcionou normalmente e, apesar da diferença de preços entre Petrobrás, refinarias privadas e importadoras, a oferta de diesel não foi garantida única e exclusivamente pela estatal”, afirmou o economista do OSP e do Ibeps (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais), Eric Gil Dantas.

A Petrobras acabou com a política de paridade de preços de importação em maio de 2023. Por isso, agora, não altera os preços dos combustíveis sempre que o preço internacional do petróleo varia. Para distribuidoras e importadores de combustíveis, a mudança é negativa, porque pode impor preços desvantajosos ao mercado local.

Segundo o OSP, o litro do diesel fornecido pela Petrobras às distribuidoras ficou 18% abaixo do preço de paridade de importação em agosto, por exemplo.