Vacância de escritórios em SP atinge menor nível desde a pandemia e anima FIIs

Trata-se do menor índice desde o início da pandemia, marcando uma virada no segmento de lajes corporativas.

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Publicado em 10/10/2025 às 15:42h - Atualizado 13 horas atrás Publicado em 10/10/2025 às 15:42h Atualizado 13 horas atrás por Matheus Silva
Além da menor ociosidade, o valor médio dos aluguéis subiu para R$ 118 por metro quadrado (Imagem: Shutterstock)
Além da menor ociosidade, o valor médio dos aluguéis subiu para R$ 118 por metro quadrado (Imagem: Shutterstock)

🚨 O mercado de escritórios corporativos em São Paulo registrou nova melhora no terceiro trimestre de 2025, com a taxa de vacância recuando para 15,2%, segundo dados da consultoria Binswanger Brazil.

Trata-se do menor índice desde o início da pandemia, marcando uma virada no segmento de lajes corporativas, que havia sido fortemente impactado por mudanças no modelo de trabalho.

Além da menor ociosidade, o valor médio dos aluguéis subiu para R$ 118 por metro quadrado, ante R$ 116,38 no trimestre anterior. Para efeito comparativo, os preços vinham de R$ 92,80 em 2022, R$ 104,20 em 2023 e R$ 115,26 em 2024, reforçando a tendência de valorização no setor.

Fundos imobiliários se beneficiam da retomada

A recuperação do segmento tem refletido diretamente no desempenho dos FIIs de lajes corporativas, que mostram melhora nos níveis de ocupação e receita.

De acordo com o relatório do Itaú BBA (1S25), os principais polos da cidade — como Faria Lima, Itaim Bibi, JK, Vila Olímpia e Avenida Paulista — registraram queda na vacância de 9,6% para 9,2%, com uma absorção líquida positiva de 7,1 mil m².

A ausência de novos empreendimentos nessas regiões e a demanda aquecida têm pressionado para cima os valores de locação.

Esse movimento também tem beneficiado regiões secundárias, à medida que parte da demanda migra dos eixos premium para zonas com preços mais competitivos.

Segundo a Binswanger, o setor financeiro segue como o maior ocupante de escritórios na capital paulista, com mais de 1 milhão de m² locados.

Na sequência estão a indústria, com 617 mil m², e o setor de tecnologia e telecomunicações, com 562 mil m².

📊 Com o avanço da ocupação e alta nos aluguéis, os investidores que acompanham o mercado de fundos imobiliários (FIIs) voltados para escritórios veem um ambiente mais favorável para recuperação de rendimentos e valorização das cotas, após um longo período de pressão.