Usiminas (USIM5) reverte prejuízo e tem lucro de R$ 128 mi no 2º trimestre
A receita líquida no trimestre atingiu R$ 6,626 bilhões, alta de 4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
A Usiminas (USIM5) divulgou, nesta sexta-feira (24), os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano. A empresa reverteu o lucro líquido de um ano antes e registrou um prejuízo de R$ 3,5 bilhões no período entre julho e setembro de 2025.
Mesmo com o número negativo, a companhia tem planos de remunerar seus investidores ainda neste ano. Segundo o vice-presidente da companhia, estuda-se a possibilidade de distribuir dividendos nos próximos meses.
“Não temos uma decisão ainda. Estamos avaliando a possibilidade de distribuição de dividendos este ano”, disse Thiago Rodrigues, que acumula a diretoria de finanças. Ele ainda comentou que a companhia mantém uma alavancagem financeira controlada, que estaria em 0,16x no final de setembro.
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A notícia chega com certo alívio para os investidores da empresa, que não veem proventos pingando na conta há ao menos um ano. O último pagamento foi realizado em junho do ano passado, quando a empresa depositou R$ 0,28 por ação.
Mesmo assim, o anúncio não foi capaz de controlar o baixo ânimo do mercado em relação ao balanço. No fechamento do pregão, a companhia acumulou uma desvalorização de 2,2%, terminando a semana com as ações cotadas abaixo de R$ 5.
Em relatório divulgado durante a tarde, a equipe do BTG Pactual disse que o balanço da companhia foi “confuso”. Eles entendem que ainda há uma forte pressão operacional, mesmo que o Ebitda tenha subido 6% na comparação anual, para R$ 434 milhões.
A equipe do banco ainda ressaltou que o ambiente doméstico se mostra bastante desafiador, sobretudo por causa das importações que vêm impactando os preços no mercado interno. O banco manteve sua recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 5.
“Continuamos vendo a Usiminas como uma aposta de curto prazo, ligada à agenda antidumping. Fora desse catalisador, o cenário continua pressionado pela fraqueza estrutural da indústria siderúrgica no Brasil”, afirmaram os analistas.
A receita líquida no trimestre atingiu R$ 6,626 bilhões, alta de 4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Segundo o Itaú BBA, os custos da empresa apresentaram um desempenho mais fraco do que o previsto.