🧪 A Unigel entrou com pedido de homologação de um plano de recuperação extrajudicial, nesta terça-feira (20), para garantir por mais 90 dias a proteção contra a execução de suas dívidas.
Os credores que aceitarem o acordo terão direito a 50% de participação na petroquímica, controlada pela família Slegynzer.
A empresa enfrentou por mais de um ano uma crise financeira grave, que resultou na renegociação de cerca de R$ 3,9 bilhões em dívidas, que representa um terço do passivo a ser reestruturado.
A partir de agora, a Unigel precisará de uma aprovação de pelo menos 50% dos credores para que o plano seja implementado.
Na última semana, a justiça de São Paulo negou um pedido feito por detentores de R$ 500 milhões em debêntures, que solicitaram a penhora de ativos da companhia devido ao vencimento antecipado desses títulos.
Roberto Noronha Santos, presidente da Unigel, afirmou em comunicado que o plano aprovado permitirá fortalecer a estrutura de capital da empresa, aumentando a liquidez e reduzindo significativamente a alavancagem. Segundo ele, isso deve garantir a continuidade dos negócios afetados pela crise global na indústria petroquímica.
A empresa anunciou nesta madrugada que chegou a um acordo com um grupo liderado por detentores de bônus para continuar as negociações dos detalhes finais do plano, incluindo a emissão de nova dívida em troca do cancelamento dos títulos atuais.
Além disso, a Unigel poderá levantar cerca de US$ 100 milhões em uma nova linha de crédito com vencimento em 2027. Dessa maneira, a empresa vai oferecer aos credores que participarem dessa operação ações equivalentes a 50% do capital da companhia. O aprimoramento da estrutura de governança será definido nas próximas semanas.
André Gaia, diretor de relações com investidores da petroquímica, afirmou que o plano de recuperação extrajudicial é um desfecho bem-sucedido das negociações e beneficia tanto a Unigel quanto os credores, permitindo a continuidade de projetos estratégicos e a manutenção das operações a longo prazo.
A petroleira afirmou que a política de dividendos depende de fatores como nível de investimentos e fluxo de caixa operacional.
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