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Quem comprou algum título do Tesouro Direto no começo do ano pode estar um pouco arrependido neste momento. Isso porque as taxas de correções disparam nas últimas semanas, alcançando patamares recordes.
💰 Nesta terça-feira (3), os títulos prefixados eram negociados a partir de 14% ao ano, conforme dados do Tesouro. Os atrelados ao IPCA, chegavam a pagar 7,15% acima da inflação, percentuais bastante atrativos em relação a maioria dos títulos privados.
Neste cenário, surge a dúvida: vale a pena sacar o dinheiro aplicado para reinvestir e aproveitar as novas taxas? Essa pergunta, na verdade, não tem uma resposta muito concreta, pois vai depender do tipo de investimento e da correção dele.
Os títulos públicos são corrigidos pela chamada marcação a mercado, que altera a remuneração ao longo do tempo. Embora seja uma renda fixa, que o investidor tem a garantia de quanto vai receber no final, durante o período, a aplicação tem um movimento diferente.
Por isso, em alguns casos, os aportes feitos em Tesouro Direto aparecem em negativo, sendo menor que o aportado. Isso acontece porque, se vendido antes do prazo, o produto é corrigido por uma taxa do mercado atualizada em tempo real, e não a final do Tesouro.
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Os investidores que estiverem dispostos a arcar com essa “consequência” podem avaliar a retirada como uma boa estratégia. No entanto, é importante colocar na ponta do lápis se o valor retirado ao final do novo investimento vai cobrir a perca que se teve ao sacar os recursos antes do prazo.
É preciso considerar, também, os encargos que incidem sobre as aplicações financeiras, caso do Imposto de Renda. A tabela progressiva do IR prevê que quanto mais longo o investimento, menor a faixa a ser paga, o que torna os produtos de longa prazo mais vantajosos.
“Na maioria dos casos, não compensa, porque o prejuízo que a gente tem ao vender é muito grande”, aponta Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank, em entrevista à B3. “Além disso, é preciso considerar o Imposto de Renda do resgate e também os impactos da reaplicação de recursos, sujeita aos efeitos da tabela regressiva do Imposto de Renda”, completa.
🔢 Embora seja um momento de bastante euforia no mercado, vale sempre lembrar da regra da diversificação dos investimentos. Segundo especialistas, a estratégia não serve apenas para os produtos de renda variável, mas os de renda fixa também.
No caso do Tesouro, hoje as taxas estão altas, mas não há um consenso sobre até quando isso deve durar ou se os juros vão subir ainda mais. Portanto, é importante não se expor muito a um único ativo, sempre considerando as diferentes opções existente no mercado.
Junto da subida dos juros, há uma perspectiva de que a Selic também aumente, o que deve contribuir também para títulos atrelados ao CDI. Desta forma, surge mais opções aos investidores, caso do CDB, LCI e LCA.
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