Tesouro Direto: Qual renda fixa do governo é mais procurada em setembro?

Governo aumenta lotes com pagamento de juros maiores e investidores aproveitam

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Publicado em 06/09/2024 às 14:54h - Atualizado 10 dias atrás Publicado em 06/09/2024 às 14:54h Atualizado 10 dias atrás por Lucas Simões
Leilões do Tesouro inundam mercado com prefixados (Imagem: Shutterstock)

📊 As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto seguiam em baixa nesta sexta-feira (6), fechando a semana de olho na trajetória baixista dos rendimentos da renda fixa dos Estados Unidos, surpreendida pela divulgação do payroll de agosto.

Isso porque a economia norte-americana criou 142 mil postos de trabalho no mês passado, bem abaixo das projeções do mercado. Na outra ponta, aumentaram as apostas de que o Federal Reserve deve acelerar o tamanho do corte de juros na reunião do dia 18 de setembro. Cerca de 43% dos analistas de Wall Street precificam um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros.

Ou seja, isso ajuda a entender o porquê as taxas de remunereação da renda fixa do governo brasileiro seguem uma tendência de queda no Tesouro Direto, favorecendo ganhos com marcação a mercado, devido à valorização de preço dos títulos públicos.

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Qual renda fixa do Tesouro Direto é mais buscada em setembro?

Ontem, o Tesouro Nacional pegou emprestado dos investidores R$ 7,2 bilhões via títulos públicos prefixados. Assim como no leilão de Tesouro IPCA+ realizado nesta semana, a piora no risco Brasil superou a queda dos juros da renda fixa do governo dos Estados Unidos.

Conforme o analista Rafael Passos, da Ajax Asset, o governo brasileiro então passou a pagar um pouco mais de rentabilidade aos investidores pelo dinheiro emprestado.

"Apesar das taxas de juros mais altas, o Tesouro Nacional aumentou a oferta de Tesouro Prefixado, ao passar de cinco milhões na semana passada para nove milhões, e de Tesouro Prefixado com pagamento de juros semestrais, de 1 milhão para 1,25 milhão", escreve o especialista, em nota enviada ao Investidor10.

🏆Os investidores de renda fixa adquiriram integralmente essas ofertas, o que demonstra apetite por Tesouro Prefixado no mês de setembro.

Na semana, o Tesouro Nacional conseguiu captar R$ 26,9 bilhões ante R$ 20,3 bilhões na última semana em agosto, mas ainda abaixo da média semanal de 2024, de R$ 29,9 bilhões. As vendas de Tesouro Selic responderam por 51% do total captado em setembro, o menor percentual do ano.

Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde desta sexta-feira (6):

Títulos pré-fixados

  • Tesouro Prefixado 2027 = Aporte mínimo de R$ 30,99 (Rentabilidade: 11,72% ao ano)
  • Tesouro Prefixado 2031 = Aporte mínimo de R$ 34,56 (Rentabilidade: 11,91% ao ano)
  • Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 36,76 (Rentabilidade: 11,82% ao ano)

Títulos pós-fixados

  • Tesouro Selic 2027 = Aporte mínimo de R$ 152,95 (Rentabilidade: Selic + 0,0616% ao ano)
  • Tesouro Selic 2029 = Aporte mínimo de R$ 152,18 (Rentabilidade: Selic + 0,1477% ao ano)

Títulos indexados à Inflação

  • Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 32,62 (Rentabilidade: IPCA + 6,21% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 45,95 (Rentabilidade: IPCA + 6,12% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 37,52 (Rentabilidade: IPCA + 6,21% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 43,64 (Rentabilidade: IPCA + 6,14% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2040 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 43,23 (Rentabilidade: IPCA + 6,05% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2055 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 43,25 (Rentabilidade: IPCA + 6,16% ao ano)

Títulos para aposentadoria extra

  • Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 36,78 (Rentabilidade: IPCA + 6,17% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 40,83 (Rentabilidade: IPCA + 6,19% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 30,10 (Rentabilidade: IPCA + 6,22% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 36,78 (Rentabilidade: IPCA + 6,26% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 32,53 (Rentabilidade: IPCA + 6,27% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 31,95 (Rentabilidade: IPCA + 6,28% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 32,32 (Rentabilidade: IPCA + 6,29% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 30,38 (Rentabilidade: IPCA + 6,29% ao ano)

Títulos para custear estudos

  • Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 34,38 (Rentabilidade: IPCA + 6,29% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 32,43 (Rentabilidade: IPCA + 6,24% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 30,59 (Rentabilidade: IPCA + 6,21% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 57,69 (Rentabilidade: IPCA + 6,19% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 54,38 (Rentabilidade: IPCA + 6,18% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 51,23 (Rentabilidade: IPCA + 6,18% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 48,31 (Rentabilidade: IPCA + 6,17% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 45,61 (Rentabilidade: IPCA + 6,15% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 43,08 (Rentabilidade: IPCA + 6,13% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 40,71 (Rentabilidade: IPCA + 6,11% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 38,47 (Rentabilidade: IPCA + 6,09% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 36,33 (Rentabilidade: IPCA + 6,08% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 34,25 (Rentabilidade: IPCA + 6,08% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 32,20 (Rentabilidade: IPCA + 6,10% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 30,20 (Rentabilidade: IPCA + 6,13% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 42,33 (Rentabilidade: IPCA + 6,18% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 39,66 (Rentabilidade: IPCA + 6,21% ao ano)