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Multiplicar o seu dinheiro com juros compostos elevados na renda fixa fizeram o Tesouro Direto bater um novo recorde nesta reta final de 2024. Afinal, os investidores emprestaram R$ 5,65 bilhões ao governo brasileiro só em outubro, o maior saldo para o mês desde o início da série histórica em 2002.
Isso demonstra que os investidores, sobretudo, as pessoas físicas estão aproveitando as taxas generosas que a renda fixa brasileira voltou a oferecer, concentrando sua preferência nos títulos pós-fixados, o Tesouro Selic, que ainda conta com liquidez diária.
Os dados divulgados no balanço do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (29) também mostram que o investimento em Tesouro Selic chegou a R$ 2,51 bilhões em outubro, ou seja, 44,6% de toda a procura pela renda fixa do governo. Já os regastes antecipados no mês somaram quase R$ 2 bilhões, ou 64,1% do total.
Para quem se pergunta qual foi a rentabilidade desses títulos nos últimos 30 dias, saiba que o Tesouro Selic 2027 rendeu 0,90% ao passo que o Tesouro Selic 2029 apreciou 0,91% em novembro de 2024.
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Por muito pouco, o Tesouro Selic não foi destronado pela procura sedenta dos investidores por títulos públicos que protegem o poder de compra ao longo do tempo, o chamado Tesouro IPCA+. Tal tipo de renda fixa recebeu R$ 2,43 bilhões em aportes no período, ou 43% da demanda dos investidores.
Entre os prediletos, estão três vencimentos de títulos, de médio a longo prazos:
Embora tais títulos de renda fixa acumulem desvalorizações em seus respectivos preços unitários, tal movimento justamente compensa a disparada de suas taxas de juros compostos, que se encontram perto de suas máximas históricas ao redor de IPCA+ 7% ao ano.
Por sua vez, os resgastes antecipados desses títulos junto ao Tesouro Direto (que podem ter gerado lucro ou prejuízo na marcação a mercado, a depender do momento de compra e vendas, além das taxas travadas) foi de R$ 564,2 milhões.
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Os títulos prefixados são o que há de mais arriscado na renda fixa, já que nesta modalidade, caso a inflação brasileira dispare no futuro, pode comprometer parcial ou totalmente a rentabilidade travada no momento da compra.
Nem mesmo com o Tesouro Prefixado pagando taxas bem próximas de 14% ao ano foi suficiente para atrever o investidor a emprestarem mais dinheiro ao governo brasileiro nesse tipo de indexado.
O balanço do Tesouro Nacional aponta que apenas R$ 698,3 milhões foram angariados pelos cofres públicos com títulos prefixados.
Também houve prejuízo de marcação a mercado nos preços unitários dos títulos prefixados nos últimos 30 dias, conforme o Tesouro Direto:
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Cerca de 320 mil pessoas se cadastraram na plataforma do Tesouro Direto em outubro. Dessa maneira, o número total de investidores chega a 30,2 milhões.
Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 15,4%. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2,6 milhões, aumento de 11,2% em 12 meses.
A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que correspondeu a 80,7% do total de 782.713 operações de vendas ocorridas em outubro. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 56,3%. O valor médio por operação atingiu R$ 7.215,21.
Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos de até cinco anos representam 68,2% do total. As operações com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 9,4% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram 22,4% das vendas.
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