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📈 As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto continuavam a acelerar nesta terça-feira (3), inclusive com a renda fixa do governo atrelada à inflação voltando a se aproximar do rendimento de IPCA+ 6,50% ao ano, após exatos dois meses.
Nesse sentido, o título público que está com os motores aquecidos é o Tesouro IPCA+ 2029, cuja taxa de reumeuração paga juros de 6,36% ao ano acima da inflação. Trata-se da maior rentabilidade para esse título público desde o dia 30 de julho de 2024.
Desde então, a parcela da renda fixa que garante a correção do patrimônio dos investidores acima da inflação havia passado por um breve momento de recuo das taxas, tanto que no dia 14 de agosto de 2024, o Tesouro IPCA+ 2029 oferecia apenas juros reais de 5,95% ao ano. Ou seja, também foi um breve momento para aproveitar o recuo das taxas e realizar ganhos com marcação a mercado.
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🤑 Com a virada para o mês de setembro, o investidor de renda fixa notou que as taxas de rentabilidade voltaram a ficar cada vez maiores, tanto em títulos públicos prefixados (que estão acima dos 12% ao ano) quanto dos papéis atrelados à inflação (que pagam acima de IPCA+ 6% ao ano).
Meses atrás, o mercado esperava que com o início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos já a partir de setembro, o nosso Banco Central também manteria a derrubada da taxa Selic para patamares próximos de 9% ao ano ante os atuais 10,50% ao ano.
Tudo isso favorecia ganhos com marcação a mercado em títulos prefixados e IPCA+ (quando o investidor compra títulos por taxas maiores e decide vender antecipadamente ao Tesouro Direto, embolsando a valorização do preço unitário, quando as taxas atuais são menores).
No entanto, o cenário para a renda fixa ainda em 2024 é outro, conforme avaliação do analista Rafael Passos, da Ajax Asset. Ele explica que as incertezas em relação à próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nos dias 17 e 18 de setembro são cada vez maiores.
🗣️"A comunicação do nosso Banco Central aumentou as incertezas sobre os novos rumos da taxa Selic, portanto isso pode impactar as taxas de juros mais longas elevadas", comenta Passos, em nota enviada ao Investidor10.
Dessa maneira, o momento atual é mais propicio tanto para acumular títulos taxados, como o Tesouro Prefixado 2027 e o Tesouro IPCA+ 2029, quanto também manter aportes em pós-fixados, caso do Tesouro Selic 2027, considerando que a taxa básica de juros deve subir e permanecer elevada por mais tempo.
Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde desta terça-feira (3):
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