Tesla (TSLA34) pede que acionistas liberem US$ 55,8 bi para Musk

O pacote de remuneração de Musk foi derrubado por um tribunal americano em janeiro, mas Tesla quer apoio de acionistas para retomar pagamento.

Author
Publicado em 17/04/2024 às 19:34h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 17/04/2024 às 19:34h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
(Shutterstock)

A Tesla (TSLA34) pediu que seus acionistas restabeleçam o pacote de remuneração que prevê o pagamento de US$ 55,8 bilhões (cerca de R$ 292 bilhões na cotação atual) a Elon Musk e foi derrubado pela justiça americana no início do ano. 

🚘 A proposta foi incluída na pauta da reunião anual da companhia, convocada para 13 de junho, segundo documento enviado aos acionistas nesta quarta-feira (17). Além disso, a Tesla pedirá apoio dos acionistas para transferir a sua sede de Delaware para Texas

Foi o Tribunal de Delaware, por meio da juíza-chefe Kathaleen St. J. McCormick, que anulou o  pagamento de US$ 55,8 bilhões a Musk. A remuneração fazia parte de um acordo de 2018, mas foi questionada por um acionista e considerada não "totalmente justa" pela juíza.

Com a decisão judicial, Musk perdeu o posto de homem mais rico do mundo. Atualmente, ele ocupa a quarta posição do ranking, com uma fortuna de US$ 175 bilhões (aproximadamente R$ 916 bilhões), segundo a Bloomberg.

Leia também: Embraer (EMBR3): Eve fecha acordo para venda de 50 ‘carros voadores’ a AirX

"Questão de justiça e respeito"

💰 Ao propor a retomada do pacote de remuneração a Musk, a presidente do Conselho da Tesla, Robyn Denholm, disse que esta é uma "questão fundamental de justiça e respeito" ao CEO da companhia.

Ela argumentou que o pacote já havia sido aprovado pelos acionistas da empresa em 2018 e impulsionou o crescimento da Tesla desde então. Pelo acordo, Musk recebeu ações da Tesla e deveria trabalhar em prol do crescimento da fabricante de carros elétricos para manter os papeis.

"Como o Tribunal de Delaware questionou a decisão, Elon não foi pago pelo seu trabalho na Tesla nos últimos seis anos, que ajudou a gerar crescimento significativo e valor para os acionistas. Isso nos parece —e aos muitos acionistas de quem já ouvimos— como fundamentalmente injusto e inconsistente com a vontade dos acionistas que votaram a favor", escreveu Robyn.

De Delaware para o Texas

A mudança da sede da Tesla, vista como uma resposta à decisão judicial que anulou a remuneração de Musk, também foi defendida por Robyn Denholm na carta aos acionistas. Ela argumentou que a companhia tem um número significativo de funcionários, operações e engenharia no Texas e que os seus executivas estão baseados no estado.

Segundo ela, as duas propostas são "críticas para o sucesso futuro da Tesla" e foram recomendadas após uma "análise rigorosa e cuidadosa de um Comitê Especial independente".