Telebras (TELB3) dispara na B3 diante de possível reestruturação

O governo federal avalia a viabilidade da reestruturação estratégica da estatal de telecomunicações.

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Publicado em 16/07/2024 às 15:15h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 16/07/2024 às 15:15h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
Telebras é uma estatal que fornece fornece soluções de conexão (Shutterstock)

A Telebras (TELB3) figura entre as maiores altas da B3 nesta terça-feira (16), diante da possibilidade de uma "reestruturação estratégica" da companhia.

🧾 Em comunicado publicado na noite de segunda-feira (15), a Telebras informou que "diversos órgãos do governo federal, em reuniões preliminares, avaliam a viabilidade da reestruturação estratégica da companhia".

Os detalhes do plano do governo não foram revelados, mas a notícia foi suficiente para impulsionar as ações da empresa. Às 14h40 desta terça-feira (16), o papel subia 9,11% e era negociado a R$ 13,90. Na máxima do dia, chegou a R$ 14,80, o maior valor desde março.

A Telebrás é uma estatal vinculada ao Ministério das Comunicações que chegou a fazer parte da lista de possíveis privatizações do governo de Jair Bolsonaro (PL). O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PL), por sua vez, suspendeu os planos de privatização e vem tentando fortalecer a empresa.

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No final de 2023, por exemplo, o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou uma lei que garante à Telebras prioridade no fornecimento de soluções de comunicação multimídia para o governo federal.

🛰️Em março, a empresa foi peça chave do acordo firmado entre Brasil e Espanha para o lançamento de um satélite que visa levar internet para populações de regiões remotas e deve ser construído por meio de uma entre a Telebras e a operadora de satélites espanhola Hispasat.

A Telebras vem, inclusive, sendo apontada como a opção da União para levar internet a escolas remotas. Seria uma alternativa à Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk que entrou na mira da União depois das críticas do bilionário ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Além disso, em junho, a União autorizou o aumento de capital da companhia e a Telebras lançou uma consulta pública para receber sugestões de potenciais investidores, parceiros e fornecedores de como rentabilizar alguns de seus ativos operacionais excedentes.

Segundo a Telebras, as sugestões podem ser enviadas até setembro, mas uma das opções é a criação de uma empresa coligada em que a estatal detenha pelo menos 49% do capital social. Isso porque a empresa acredita que há espaço para atualização e expansão da sua rede óptica em parceria com a iniciativa privada.