Taxas no Tesouro Direto saltam enquanto investidores correm para a renda variável

Ações brasileiras voltam a disparar com acordo entre EUA e China, pressionando a renda fixa a pagar mais para atrair recursos

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Publicado em 12/05/2025 às 15:34h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 12/05/2025 às 15:34h Atualizado 1 minuto atrás por Lucas Simões
Mesmo assim, os juros compostos no Tesouro Direto seguem abaixo de 14% ao ano (Imagem: Shutterstock)

📈 Para a renda fixa atrair mais dinheiro emprestado dos investidores nesta segunda-feira (12), as taxas no Tesouro Direto precisaram subir à medida que o mercado voltou a ter apetite a risco, ou seja, mais confiança para buscar oportunidades no mercado de ações em detrimento dos juros compostos decrescentes diante do fim do ciclo altista da Selic.

Isso porque bastantes negociações foram feitas ao longo do final de semana entre autoridades dos Estados Unidos e da China, que se reuniram na Suíça, como forma de frear as consequências da guerra comercial.

Tanto que hoje foi anunciado ao mundo que a administração Trump reduziu a taxação de 145% para 30% sobre os produtos importados chineses, ao passo que Pequim baixou alíquota sobre as mercadorias americanas de 125% para 10% pelos próximos 90m dias.

A medida foi mais do que suficiente para provocar uma onda de otimismo sobre os investimentos em renda variável nas bolsas de valores mundiais, assim como a brasileira. Já a renda fixa local viu suas taxas subirem, acompanhando o maior rendimento dos títulos do governo dos EUA.

Afinal de contas, o acordo comercial diminui as apostas de uma recessão na economia americana, implicando em um ritmo mais lento e demorado nos cortes dos juros pelo Federal Reserve, o que também traz consequências para um possível ciclo de cortes na taxa Selic para o nosso Banco Central.

Prova disso é que o Tesouro Prefixado 2032 viu a sua remuneração subir de 13,60% ao ano no último dia 9 de maio para os atuais 13,72% ao ano. Todavia, os prefixados seguem abaixo dos rendimentos de 14% ao ano e mais distantes ainda da máxima de 15,25% ao ano registrada no dia 28 de fevereiro de 2025.

🔎 Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 12 de maio de 2025:

Títulos pré-fixados

  • Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 7,16 (Rentabilidade: 13,50% ao ano)
  • Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 4,27 (Rentabilidade: 13,72% ao ano)
  • Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 8,45 (Rentabilidade: 13,82% ao ano)

Títulos pós-fixados

  • Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 165,04 (Rentabilidade: Selic + 0,0682% ao ano)
  • Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 164,25 (Rentabilidade: Selic + 0,1162% ao ano)

Títulos indexados à Inflação

  • Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 33,96 (Rentabilidade: IPCA + 7,36% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 15,96 (Rentabilidade: IPCA + 7,07% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 8,29 (Rentabilidade: IPCA + 6,97% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 39,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,09% ao ano)

Títulos para aposentadoria extra

  • Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 17,85 (Rentabilidade: IPCA + 7,13% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,84 (Rentabilidade: IPCA + 7,05% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 9,21 (Rentabilidade: IPCA + 7,02% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,62 (Rentabilidade: IPCA + 6,99% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,75 (Rentabilidade: IPCA + 6,98% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,38 (Rentabilidade: IPCA + 6,99% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,40 (Rentabilidade: IPCA + 7,01% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,71 (Rentabilidade: IPCA + 7,01% ao ano)

Títulos para custear estudos

  • Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 36,00 (Rentabilidade: IPCA + 7,64% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 33,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,47% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 31,48 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 29,41 (Rentabilidade: IPCA + 7,33% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 27,48 (Rentabilidade: IPCA + 7,29% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 25,69 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 24,04 (Rentabilidade: IPCA + 7,21% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 22,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,17% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 21,09 (Rentabilidade: IPCA + 7,14% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 18,74 (Rentabilidade: IPCA + 7,12% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 17,48 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 17,28 (Rentabilidade: IPCA + 7,09% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 16,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 15,10 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,10 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 13,15 (Rentabilidade: IPCA + 7,09% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 12,29 (Rentabilidade: IPCA + 7,09% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 11,50 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)