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Taxas no Tesouro Direto batem máxima de abril, revivendo renda fixa em outubro
Juros compostos no longo prazo voltam a se aproximar de IPCA+ 7,50% ao ano, com risco fiscal no radar.
Publicado em 13/10/2025 às 14:58h - Atualizado 19 minutos atrás
Publicado em 13/10/2025 às 14:58h
Atualizado 19 minutos atrás
Apesar do ciclo de cortes da taxa Selic está previsto para o início de 2026 incentivar que os rendimentos oferecidos no Tesouro Direto fiquem cada vez menores, a realidade que se impõe no decorrer de outubro de 2025 é a renda fixa do governo brasileiro voltando a pagar juros compostos recordes que não eram vistos desde abril.
Prova disso é a trajetória do Tesouro IPCA+ 2040, que neste ano substituiu o Tesouro IPCA+ 2035 em disponibilidade aos investidores. Sua remuneração nesta segunda-feira (13) voltou a bater em IPCA+ 7,36% ao ano, o maior patamar em mais de seis meses.
Fora que, desde o último dia 17 de setembro, o Tesouro IPCA+ 2040 viu o seu preço unitário despencar na marcação a mercado, em compensação ao aumento da remuneração, que partiu de IPCA+ 7,02% ao ano. Em menos de 30 dias, o título público acumula desconto de −3,72%, dado o recuo no preço unitário de R$ 1.660,44 para os atuais R$ 1.598,65.
Nesse curto espaço de tempo, duas narrativas de mercado passaram a influenciar o prêmio exigido pelos investidores para continuar emprestando dinheiro ao governo brasileiro através do Tesouro Direto: a derrubada da MP 1303 e a tarifa zero no transporte público.
Combustível para a renda fixa
Segundo Rafael Passos, analista da gestora Ajax Asset, as taxas da renda fixa brasileira sobem tanto pela busca do governo Lula por alternativas que compensem a derrubada da Medida Provisória 1303/2025, que propunha taxar LCAs e LCIs em 7,5% a partir de 2026, entre outras mudanças que visam arrecadar R$ 21 bilhões aos cofres públicos no próximo ano.
"Nesta semana, a equipe econômica do ministro Fernando Haddad deve apresentar um conjunto de medidas alternativas, visando novas fontes arrecadatórias para equilibrar o Orçamento de 2026 e viabilizar o pacote de medidas que visa ampliar a agenda positiva do governo e impulsionar a popularidade de Lula", comenta o especialista.
Amarrando o raciocínio com o movimento das taxas no Tesouro Direto, o analista cita a intenção do governo Lula em transformar a gratuidade do transporte público no Brasil em uma das principais bandeiras de campanha para a reeleição do petista. O custo disso, com base nas próprias sondagens da equipe econômica, seria de R$ 90 bilhões por ano.
Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 13 de outubro de 2025:
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 7,58 (Rentabilidade: 13,38% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 4,48 (Rentabilidade: 13,88% ao ano)
- Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 = Aporte mínimo de R$ 8,36 (Rentabilidade: 13,98% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 175,35 (Rentabilidade: Selic + 0,0490% ao ano)
- Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 174,57 (Rentabilidade: Selic + 0,1045% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 34,67 (Rentabilidade: IPCA + 8,01% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 15,98 (Rentabilidade: IPCA + 7,36% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 8,42 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 41,74 (Rentabilidade: IPCA + 7,72% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 40,44 (Rentabilidade: IPCA + 7,41% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 38,92 (Rentabilidade: IPCA + 7,30% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 18,00 (Rentabilidade: IPCA + 7,43% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,92 (Rentabilidade: IPCA + 7,27% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 9,32 (Rentabilidade: IPCA + 7,16% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,71 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,81 (Rentabilidade: IPCA + 7,07% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,41 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,41 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,71 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 35,92 (Rentabilidade: IPCA + 8,25% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 34,33 (Rentabilidade: IPCA + 8,07% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 31,96 (Rentabilidade: IPCA + 7,96% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 29,79 (Rentabilidade: IPCA + 7,88% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 27,77 (Rentabilidade: IPCA + 7,80% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 25,94 (Rentabilidade: IPCA + 7,72% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 24,28 (Rentabilidade: IPCA + 7,64% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 22,76 (Rentabilidade: IPCA + 7,55% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 21,35 (Rentabilidade: IPCA + 7,47% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 20,02 (Rentabilidade: IPCA + 7,41% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 18,79 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 17,63 (Rentabilidade: IPCA + 7,30% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 16,54 (Rentabilidade: IPCA + 7,27% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 15,50 (Rentabilidade: IPCA + 7,24% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,53 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 13,59 (Rentabilidade: IPCA + 7,21% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 12,74 (Rentabilidade: IPCA + 7,20% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 11,94 (Rentabilidade: IPCA + 7,18% ao ano)