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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (4) que este era um "momento perfeito" para o corte das taxas de juros americanas. Esta, no entanto, não é a avaliação do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell.
🏦 O chefe do Banco Central dos Estados Unidos acredita que o tarifaço de Trump caminha para ser maior do que o esperado. Logo, pode ter efeitos mais elevados na inflação e na economia americana, demandando cautela na condução da política monetária.
"Embora a incerteza permaneça elevada, agora está ficando claro que os aumentos de tarifas serão significativamente maiores do que o esperado. O mesmo provavelmente será verdade para os efeitos econômicos, que incluirão inflação mais alta e crescimento mais lento", disse Powell, nesta sexta-feira (4).
Embora tenha destacado a incerteza sobre o tamanho e a duração desses efeitos, o presidente do Fed chamou atenção para a possibilidade de um impacto "mais persistente" sobre a inflação.
🗣️ "Olhando para o futuro, tarifas mais altas estarão se espalhando pela nossa economia e provavelmente aumentarão a inflação nos próximos trimestres", afirmou.
Por isso, destacou o compromisso do Fed em levar a inflação americana de volta à meta anual de 2% e a manter as expectativas de inflação de longo prazo bem ancoradas, para "garantir que um único aumento único no nível de preços não se torne um problema de inflação contínuo".
Powell concluiu, então, que "é muito cedo para dizer qual será o caminho apropriado para a política monetária". "Estamos bem posicionados para esperar por maior clareza antes de considerar quaisquer ajustes em nossa postura", avisou.
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O Fed reduziu os juros americanos em três ocasiões no segundo semestre de 2024. Contudo, pausou os cortes em janeiro de 2025, logo após o início do novo governo Trump; manteve essa postura cautelosa em março e deve seguir assim por pelo menos mais uma reunião.
💲 Segundo a plataforma Fed Watch, o mercado espera que os juros americanos sigam inalterados na próxima reunião do Fed, em maio. A expectativa é de que a taxa volte a cair apenas em junho ou no segundo semestre.
O corte é esperado, mesmo com a expectativa de que as tarifas pressionem a inflação americana, por causa da percepção de que uma guerra comercial deve levar a uma desaceleração da atividade econômica, podendo até provocar uma recessão nos Estados Unidos.
Powell ressaltou a piora das expectativas econômicas nesta sexta-feira (4), ao falar sobre o impacto inflacionário das tarifas.
Segundo ele, os dados mostram "uma perspectiva de crescimento mais lenta, mas ainda sólida" da economia americana. Contudo, "pesquisas com famílias e empresas relatam expectativas mais fracas e maior incerteza sobre as perspectivas".
"Os entrevistados apontam para os efeitos das novas políticas federais, especialmente relacionadas ao comércio", observou, ressaltando que o Fed monitora "essa tensão entre os dados, bem como as implicações dessas medidas para a economia e a política monetária.
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O presidente Donald Trump, por sua vez, disse nesta sexta-feira (4) que "este seria um momento perfeito para o presidente do Fed, Jerome Powell, cortar as taxas de juros".
Trump escreveu nas redes sociais que a inflação (inclusive a energia e os ovos) está mais baixa nos Estados Unidos, assim como os juros. Além disso, afirmou que os empregos estão aumentando no país.
O republicano pediu, então, que Powell corte os juros e "pare de brincar com política". "Ele está sempre 'atrasado', mas agora ele pode mudar sua imagem, e rapidamente", declarou.
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