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🚨 O renomado investidor bilionário Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, alerta que o atual cenário de instabilidade econômica reflete algo muito mais profundo do que as disputas comerciais visíveis na superfície.
Em uma análise recente divulgada em suas redes sociais, Dalio aponta que o mundo atravessa um colapso sistêmico nas esferas monetária, política e geopolítica.
O investidor argumenta que o foco excessivo nas tarifas comerciais impostas por governos, como o dos Estados Unidos, mascara uma série de problemas estruturais que se acumulam silenciosamente ao longo das décadas.
Segundo Dalio, essas forças subjacentes representam ciclos econômicos e políticos que se repetem na história e culminam em crises severas que podem mudar a dinâmica global.
De acordo com Dalio, um dos principais catalisadores desse processo é o nível insustentável de endividamento em países considerados potências econômicas, como os Estados Unidos.
Ele ressalta que o modelo atual de financiamento de consumo e crescimento através de dívidas crescentes é incompatível com um sistema que caminha para a autossuficiência e fragmentação global.
Ele destaca que essa dependência de crédito crescente, especialmente por parte de nações como os EUA, é insustentável em um mundo onde os principais credores, como a China, começam a repensar suas estratégias econômicas e políticas.
Dalio observa que esse desequilíbrio compromete a estabilidade monetária global, exigindo mudanças significativas para evitar um colapso ainda maior.
"Está claro que a ordem monetária terá que mudar de formas profundamente disruptivas para reduzir todos esses desequilíbrios e excessos", afirmou Dalio.
Outro ponto central de sua análise é a desconexão crescente entre nações que antes dependiam fortemente umas das outras para sustentar o modelo capitalista atual.
A globalização, que por décadas promoveu a integração de mercados e capitais, está sendo substituída por um movimento de desglobalização.
Dalio adverte que as tensões comerciais, especialmente entre potências como Estados Unidos e China, representam apenas a ponta do iceberg de uma transformação mais ampla.
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Segundo ele, o desejo crescente por autossuficiência e o enfraquecimento das relações comerciais tradicionais criarão desafios inéditos para o sistema financeiro global.
"Essas circunstâncias obviamente insustentáveis terão que mudar, especialmente em um mundo em desglobalização, onde os principais players não confiam uns nos outros", pontuou o bilionário.
No plano interno, Ray Dalio alerta que a polarização crescente e as desigualdades sociais corroem as bases democráticas.
Ele menciona que a disparidade econômica, desigualdade de oportunidades e divisão ideológica contribuem para o surgimento de líderes populistas, sejam eles de direita ou esquerda.
Dalio argumenta que a democracia exige compromisso e adesão ao Estado de Direito, características que historicamente falham em períodos de crise.
Essa erosão da confiança nas instituições políticas, segundo ele, é um fator de risco que não pode ser ignorado.
"Estamos vendo as democracias ruírem porque exigem compromisso e adesão ao Estado de Direito — e a história mostra que ambos falham em momentos como este", enfatizou.
Internacionalmente, Dalio sugere que o domínio unipolar dos Estados Unidos está em declínio. Ao adotar uma abordagem unilateral focada no "America First", o país se distancia do multilateralismo que definiu a ordem mundial desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
As tensões comerciais e tecnológicas entre EUA e China são apenas uma manifestação desse fenômeno.
Para Dalio, a tendência é que outras potências busquem consolidar sua influência regional, contribuindo para um cenário global fragmentado e menos colaborativo.
"A ordem mundial cooperativa liderada pelos EUA está sendo substituída por uma abordagem unilateral baseada no poder", analisou Dalio.
📊 Além dos fatores econômicos e políticos, Ray Dalio destaca que eventos climáticos extremos e avanços tecnológicos acelerados, como a inteligência artificial, também influenciam essa transformação global.
As tarifas comerciais, segundo ele, não apenas afetam diretamente o comércio, mas também dificultam a cooperação internacional em questões como mudanças climáticas.
"As ações de Trump nas tarifas afetarão o clima, a tecnologia, os mercados e a política — algumas de forma positiva, outras de maneira extremamente disruptiva", alertou o investidor.
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