'Barsi da Faria Lima' vê Brasil em piquenique à beira do vulcão com Selic de até 16%
Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, que acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 abre o jogo antes de primeira elevação dos juros em 2025
🌳 As ações da Suzano (SUZB3) fecharam em queda de −1,63% nesta quarta-feira (12), negociadas por R$ 57,97 cada, talvez como um prenúncio dos investidores que tomaram consciência do prejuízo de R$ 6,73 bilhões durante o quarto trimestre do ano passado (4T24).
Conforme os resultados divulgados após o fechamento do mercado, a produtora de papel e celulose reverteu o lucro líquido de R$ 4,51 bilhões que havia reportado no mesmo período em 2023.
Tamanha variação negativa na lucratividade de um ano para o outro teve uma explicação: o descompasso no resultado financeiro que sofreu pela apreciação do dólar acima dos R$ 6 na reta final de 2024, que trouxe impactos ao custo de dívida da Suzano, além de encarecer suas operações com derivativos.
"O ano de 2024 foi marcado por avanços importantes na estratégia da Suzano, com aquisições de novos negócios e o início das operações da nova fábrica de Ribas do Rio Pardo (Mato Grosso do Sul) e a conclusão de sua curva de aprendizado ainda em dezembro, antecipando a previsão inicial de nove meses", destaca a mensagem dos executivos da empresa.
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Por outro lado, um dólar americano forte contra o real brasileiro também beneficia grandes exportadoras de commodities, como no caso da Suzano, que viu suas receitas líquidas explodirem no trimestre passado, com saldo de R$ 14,17 bilhões, um incremento de 37% na comparação anual.
Vale destacar que 81% das receitas da Suzano no 4T24 tiveram geração no mercado externo, ou seja, estiveram dolarizadas. Na janela temporal de um ano, a moeda americana teve valorização de +18%, enquanto o volume vendido de celulose subiu +19%, no total de 3,28 milhões de toneladas.
📊 O ebitda ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 6,48 bilhões no 4T24, um crescimento de 44% em relação ao mesmo trimestre em 2023, que também contou com a contribui do volume 11% maior na comercialização de papel, cujas vendas totalizaram 430 mil toneladas.
A Suzano informou que o preço médio líquido da celulose no mercado externo foi de US$ 583 por tonelada no 4T24, cerca de 2% acima do praticado um ano antes, enquanto o preço médio líquido do papel foi de R$ 6,9 mil por tonelada, avanço de 3% no mesmo período de comparação.
Em termos de dívida líquida, a empresa somava R$ 79,1 bilhões ao final de 2024, acima do saldo de R$ 70,2 bilhões ao final de setembro passado. Segundo os resultados, o aumento da dívida líquida em moeda nacional é explicado pela variação cambial do período.
Com posição de caixa de R$ 22,4 bilhões ao final do ano passado e tendo realizado investimentos de R$ 3,28 bilhões, a Suzano apresentou uma geração de caixa operacional de R$ 4,84 bilhões no 4T24, resultado 48% superior ao de um ano atrás.
Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, que acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 abre o jogo antes de primeira elevação dos juros em 2025
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