B3 suspende empresa do Novo Mercado por descumprimento de normas
Companhias e executivos têm até 15 dias para recorrer da decisão.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu um processo sancionador em função do descumprimento das obrigações periódicas da Springs Global (SGPS3).
🧑💼 O processo cita o diretor-presidente e de relações com investidores da companhia, Josué Gomes da Silva. Ele é filho do ex-vice-presidente da República José Alencar, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e dono do grupo Coteminas (CTNM4).
Segundo informações da CVM, a Springs Global teria descumprido suas obrigações periódicas por um período superior a 12 meses. Por isso, teve seu registro de companhia aberta suspenso pela CVM e levou à abertura de uma investigação sobre os responsáveis por essa situação.
⚖️ O processo se baseia no artigo 60 da Resolução CVM 80 de 2022. O artigo diz que "a suspensão e o cancelamento do registro não eximem o emissor, seu controlador e seus administradores de responsabilidade decorrente das eventuais infrações cometidas antes do cancelamento do registro".
Além de Josué Gomes da Silva, outros dois executivos ligados à Springs Global são citados no processo:
Diante disso, a Springs Global publicou um comunicado ao mercado na segunda-feira (24) dizendo que "está comprometida em regularizar a apresentação dos devidos documentos".
🗓️ Além disso, lembrou que já publicou todas as demonstrações financeiras de 2023 e prometeu apresentar nos próximos 10 dias o balanço do primeiro trimestre de 2024.
"A companhia continua trabalhando para eliminar os atrasos das demonstrações financeiras, sendo certo que deverá nas próximas semanas entregar as Informações Trimestrais do segundo e terceiro trimestre de 2024, confiando, assim, que em breve estará com todas as informações disponibilizadas", afirmou, esperando que esse procedimento seja "devidamente levado em consideração pela CVM".
A companhia está em recuperação judicial e teve um prejuízo de R$ 1 bilhão em 2023, segundo o último balanço disponível.
Companhias e executivos têm até 15 dias para recorrer da decisão.
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