Shein deve pesar nas ações de varejistas brasileiras, diz Bradesco BBI

Companhia chinesa aderiu ao Remessa Conforme e vai arcar com custo do ICMS para compras de até US$ 50

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Publicado em 22/09/2023 às 17:20h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 22/09/2023 às 17:20h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro

A Shein anunciou, na última semana, que aderiu ao programa Remessa Conforme, e vai arcar com a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para remessas de até US$ 50. Com isso, a empresa deixa de repassar esse custo aos clientes, o que pode beneficiá-la e, por outro lado, prejudicar as varejistas brasileiras, de acordo com relatório do Bradesco BBI publicado nesta quarta-feira (20).

Segundo Pedro Pinto aponta em relatório do Bradesco BBI, as incertezas em torno da evolução sobre a dinâmica competitiva do varejo de vestuário no Brasil permanece e poderá seguir pesando sobre as ações do setor.

O relatório do banco ressalta que não há previsão sobre o tempo que a Shein estará disposta a sustentar a carga fiscal ou se o governo vai efetivamente cobrar um imposto de importação intermediário.
Por isso, o Bradesco BBI prefere manter a cautela sobre as ações do setor. Para os analistas do banco, os papéis não devem responder essencialmente aos fundamentos do setor e sim sobre o noticiário.
O Bradesco vê a Lojas Renner em uma posição de destaque por estar neste mercado altamente fragmentado, com mais escala que competidores locais, além de maior rentabilidade e balanço financeiro robusto.