Senado aprova indicação de Gabriel Galípolo como presidente do BC

Mandato do indidicado de Lula começa em janeiro de 2025; veja como ficou o placar

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Publicado em 08/10/2024 às 17:45h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 08/10/2024 às 17:45h Atualizado 1 mês atrás por Lucas Simões
Galípolo teve 66 votos a favor dos senadores (Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado)

🗳️ O Senado aprovou nesta terça-feira (8) a indicação do economista Gabriel Galípolo ao cargo de presidente do Banco Central, com mandato a partir de janeiro de 2025.

No caso, o indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve 66 votos a favor dos senadores presentes, com apenas 5 votos contrários. Galípolo já havia recebido chancela da casa na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), após sabatina.

Dessa maneira, o ex-braço direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ocupará o posto de Roberto Campos Neto, atual chefe da autoridade monetária do país, que havia sido indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo mandato se encerra em 31 de dezembro de 2024.

Portanto, Galípolo será apenas o segundo presidente na função desde a aprovação da independência do Banco Central, passada durante o governo Bolsonaro. Na prática, os mandatos não coincidem com a atuação do presidente da República.

Galípolo com independência de Lula?

O novo presidente do BC afirma que Lula lhe garantiu liberdade para tomar decisões no cargo. Ele ainda reforçou o compromisso com o controle da inflação, ressaltando que o cenário atual demanda prudência na condução da política monetária.
"Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisão e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro", declarou durante sabatina no Senado.
🚨 Por sua vez, Lula disse hoje durante evento que a taxa básica de juros no país é alta, e que, portanto, a Selic haverá de ceder.
"Eu estou muito feliz, porque a economia está razoável, a taxa de juros ainda está mais alta, mas ela haverá de ceder, temos a inflação controlada, a massa salarial crescendo, o emprego crescendo, temos leis para proteger empreendedores individuais, o pequeno e médio empresário", afirmou Lula.
Como reação do mercado a Brasília, os juros futuros cederam, provocando a subida do dólar, bem como a queda das taxas de rentabilidade no Tesouro Direto.