Redes sociais só vão operar no Brasil se respeitarem legislação, diz Moraes

A fala foi feita durante roda de conversa em memória ao dia 8 de janeiro de 2023.

Author
Publicado em 09/01/2025 às 12:24h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 09/01/2025 às 12:24h Atualizado 11 horas atrás por Elanny Vlaxio
A declaração foi feita na última quarta-feira (8) (Imagem: Shutterstock)

💬 O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou na última quarta-feira (8) que as redes sociais “só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira”. A fala foi feita durante roda de conversa em memória ao dia 8 de janeiro de 2023.

A declaração ocorreu um dia depois de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciar o fim da checagem de fatos nas redes sociais gerenciadas pela empresa, como Facebook, Instagram e Whatsapp. A ferramenta será substituída por "notas da comunidade", que estarão disponíveis para todos os usuários.

“Aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira, independentemente de bravatas de dirigentes das big techs”, disse Moraes. Ele também criticou dirigentes de big techs, afirmando que “por terem dinheiro, acham que podem mandar no mundo”. 

Leia também: Pablo Marçal anuncia candidatura à Presidência para 2026

🗣️ “Pelo resto do mundo, não podemos falar, mas, pelo Brasil, tenho absoluta certeza e convicção de que o STF não vai permitir que as big techs, as redes sociais, continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou, ainda, somente visando o lucro, para ampliar discursos de ódio, nazismo, fascismo, misoginia, homofobia e discursos antidemocráticos”, afirmou.

Já o ministro Gilmar Mendes, decano do STF, afirmou que não é possível confundir a regulamentação das redes sociais e a proteção de direitos fundamentais com censura.“O 8 de janeiro não é um fato pretérito, mas uma ferida aberta na sociedade brasileira.” Um dia antes, Zuckerberg havia falado na existência de “tribunais secretos de censura” na América Latina.

Na mesma linha, o novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Sidônio Palmeira, disse que a decisão da Meta é "ruim para a democracia" e defendeu a regulação das redes sociais. 

💭 "Isso é ruim para a democracia. Porque você não faz o controle da proliferação do ódio, da desinformação, das fake news. Esse é o problema, precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais. Isso está acontecendo na Europa", disse o novo ministro da Secom.