Quem foi a primeira mulher investidora do Brasil?

Conheça a trajetória de Eufrásia Teixeira Leite, que chegou ao mercado financeiro ainda no século XIX

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Publicado em 08/03/2025 às 15:13h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 08/03/2025 às 15:13h Atualizado 12 horas atrás por Lucas Simões
Eufrásia Teixeira Leite (no centro da foto) chegou a investir em empresas brasileiras, como BBAS3 e ABEV3 (Imagem: Reprodução)

🤑 Você já ouviu falar em Eufrásia Texeira Leite? Pois é, a maioria dos brasileiros não conhece a história da primeira mulher do país a ingressar no mercado financeiro ainda em pleno século 19, uma trajetória que pode servir de inspiração para mulheres e homens nos dias atuais.

Nascida em 1850 no interior do Rio de Janeiro, Eufrásia é hoje reconhecida como a primeira investidora brasileira, tanto pela ONU (Organização das Nações Unidas) quanto pela própria B3 (B3SA3).

Apesar de já ter herdado uma opulenta fortuna fruto da era de ouro do café, a primeira investidora brasileira não torrou em vão o patrimônio de seus antepassados, mas optou por investir por mais de 50 anos suas aplicações em 13 países e chegando a ficar exposta ao desempenho de sete moedas diferentes.

Antes mesmo da bolsa de valores brasileira nascer, Eufrásia já se aventura no mercado internacional, mantendo investimentos nos mercados financeiros de Paris, Londres e Nova York, com um patrimônio estimado em 37 milhões de réis.

Natural do município serrano de Vassouras, Eufrásia teria herdado, junto com sua irmã, cerca de 767 contos de réis após a morte precoce de seus pais. Um ano depois, em 1873, ela teria recebido mais 106 contos de réis após o falecimento dos seus avós.

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Jornada da primeira mulher investidora do Brasil

Para então começar sua jornada como a primeira investidora brasileira, Eufrásia fez suas malas e se mudou para Paris ainda no século 19. Chegou a investir em ações consideradas de tecnologia para os padrões da época, já que ela financiava a indústria de máquinas e soluções ligadas à Revolução Industrial.

No Brasil, a investidora também mantinha o seu aplicado em instituições financeiras como o Banco do Brasil (BBAS3), além do Mercantil do Rio de Janeiro. Também se aventurou em indústria cervejeira nacional, que veio a ser a Ambev (ABEV3), além das primeiras companhias responsáveis pela construção de ferrovias no país.

Muitos anos após o falecimento de sua irmã, Eufrásia voltou de vez a morar no Brasil em 1928, em idade mais avançada, solteira e sem herdeiros. Faleceu em 1930 em seu apartamento em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, destinou a sua fortuna para instituições de caridade de sua cidade natal na serra fluminense.

Hoje, muitas executivas e empreendedoras conquistaram destaque em 2025, criando tendências e inspirando diversos profissionais, sobretudo quando o assunto envolve investimento a longo prazo, enriquecendo assim o legado de Eufrásia Texeira Leite e as celebrações do 8 de março (Dia Internacional das Mulheres).