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💘 Nascida e criada na periferia de São Paulo, Lidiane se mudou para os Estados Unidos na juventude, para estudar Ciências da Computação na Universidade de Michigan. Algumas décadas e experiências no currículo depois, ela passou a liderar o aplicativo de relacionamento Bumble, rival do Tinder.
A chegada de Jones a esse cargo foi uma escolha estratégica e que teve como base sua visível experiência com liderança, sobretudo feminina. Anteriormente, ela atuava como CEO do Slack, mas acumula passagens pela Apple, Microsoft e Salesforce.
Em entrevista ao Estadão, a executiva deu detalhes de como foi a eleição de seu nome para o cargo e como ter raízes brasileiras contribui na liderança de seus times. Segundo ela, a comunidade latina é criativa e tem habilidade para identificar oportunidades.
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“Brasileiro tem muita criatividade em resolver problemas e achar algo que não foi visto ainda. Cresci com poucos recursos, teve época da minha infância que não tínhamos o suficiente para comer. Sempre precisei ser criativa com o pouco que tinha. Tudo isso tem influenciado a minha vida inteira. Mesmo quando a situação está bem difícil, penso que pode ser pior”, diz.
Aos 44 anos e mãe de dois filhos, Lidiane destaca que precisa de muito planejamento para se desdobrar entre a vida pessoal e corporativa. Por isso, os calendários são compartilhados para que tanto a família quanto os funcionários saibam quando ela está disponível.
“A transparência dos nossos calendários importa, todos da Bumble podem ver as minhas reuniões agendadas. Meu marido também sabe a hora em que começa o dia e a hora em que termina”, frisa. “Mas trabalho muito, dia e noite, porque gosto. A minha dificuldade é separar, ter hora dedicada para a família e hora dedicada para o trabalho. Meu problema é me perder no trabalho”.
A executiva foi contratada para o cargo de CEO do Bumble no ano passado, para ocupar a cadeira que antes era da fundadora do app. O serviço foi criado em 2014 por Whitney Wolfe e acumula mais de 100 milhões de usuários nos países em que opera, segundo os monitores de downloads.
O Bumble se diferencia do seu principal concorrente por dar às mulheres o poder de decidir com quem gostariam de conversar. Desta forma, só elas podem enviar a primeira mensagem e iniciar o contato.
“Nós acreditamos que a nossa missão é de ajudar as pessoas a criarem conexões saudáveis e respeitosas, com foco na experiência da mulher”, afirmou, destacando que novas funcionalidades serão lançadas nas próximas semanas.
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